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Câncer de mama

Por

Lydia Choi

, MD, Karmanos Cancer Center

Revisado/Corrigido: jun 2022
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O câncer de mama ocorre quando algumas células na mama se tornam anormais e se dividem de maneira descontrolada. O câncer de mama geralmente começa nas glândulas que produzem leite (lóbulos) ou nos tubos (dutos) que transportam o leite das glândulas até o mamilo.

  • O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum e a segunda causa mais comum de morte por câncer em mulheres.

  • Normalmente, o primeiro sintoma é um nódulo indolor, geralmente notado pela mulher.

  • As recomendações para triagem do câncer de mama variam e incluem a realização periódica de mamografia, exame das mamas pelo médico e o autoexame da mama.

  • Se um caroço sólido for detectado, o médico utiliza uma agulha oca para coletar uma amostra de tecido ou faz uma incisão e remove parte do caroço ou todo ele e depois examina o tecido ao microscópio (biópsia).

  • O câncer de mama quase sempre exige cirurgia, às vezes com radioterapia, quimioterapia, outros medicamentos ou uma combinação desses.

  • O resultado é difícil de prever e depende, em parte, das características e da propagação do câncer

Os distúrbios de mama Considerações gerais sobre distúrbios de mama Os distúrbios de mama podem ser não cancerosos (benignos) ou cancerosos (malignos). A maioria é não cancerosa e não fatal. Muitas vezes, não precisam de tratamento. Por outro lado, o câncer... leia mais Considerações gerais sobre distúrbios de mama podem ser não cancerosos (benignos) ou cancerosos (malignos). A maioria é não cancerosa e não fatal. Muitas vezes, não precisam de tratamento. Por outro lado, o câncer de mama pode significar a perda de uma mama ou da vida. Assim, para muitas mulheres, o câncer de mama é seu maior medo. No entanto, possíveis problemas podem ser frequentemente detectados precocemente quando a mulher:

  • For examinada regularmente pelo médico

  • Fizer mamografias conforme recomendado

As mulheres devem estar familiarizadas com o aspecto e a sensibilidade dos seios, e os homens também devem estar cientes das alterações nos mamilos ou ao redor deles. Caso a mulher perceba uma alteração, talvez seja recomendado que ela faça um autoexame da mama. A mulher deve relatar toda alteração a um profissional de saúde imediatamente. A maioria das organizações médicas não recomenda mais a realização de autoexames da mama Autopercepção da mama O câncer de mama ocorre quando algumas células na mama se tornam anormais e se dividem de maneira descontrolada. O câncer de mama geralmente começa nas glândulas que produzem leite (lóbulos)... leia mais Autopercepção da mama mensais ou semanais como uma medida rotineira de prevenção contra o câncer. Realizar esses exames quando não houver nódulo ou outra alteração não ajuda a detectar câncer de mama precocemente em mulheres que fazem mamografias preventivas.

A detecção precoce do câncer de mama pode ser essencial para o sucesso do tratamento.

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres e, dentre os tipos de câncer, é a causa mais comum de morte em mulheres de origem hispânica e a segunda causa mais comum de morte em mulheres de outras raças (depois do câncer de pulmão). Os seguintes eventos ocorreram em mulheres nos Estados Unidos no ano de 2021:

O câncer de mama masculino Câncer de mama em homens Distúrbios de mama raramente ocorrem em homens. Os distúrbios de mama incluem Aumento da mama Câncer de mama O aumento da mama em homens é chamado de ginecomastia ou pseudoginecomastia. A ginecomastia... leia mais é responsável por aproximadamente 1% de todos os casos de câncer de mama. Em 2021, 2.650 novos casos de câncer de mama invasivo e 530 mortes causadas por ele ocorreram em homens nos Estados Unidos.

Muitas mulheres temem o câncer de mama, em parte porque ele é comum. No entanto, parte do medo em relação ao câncer de mama se baseia no desconhecimento. Por exemplo, a afirmação “Uma em cada oito mulheres terá câncer de mama” é enganosa. Esse número é uma estimativa do risco que uma mulher tem de desenvolver câncer de mama. Isso significa que, teoricamente, uma entre oito mulheres terá câncer de mama. Contudo, uma mulher de 40 anos de idade tem apenas aproximadamente uma chance em 70 de ter essa doença na próxima década. Mas o risco aumenta à medida que a mulher envelhece.

Tabela

Fatores de risco do câncer de mama

Vários fatores afetam o risco de ter câncer de mama. Assim, para algumas mulheres, o risco é muito maior ou menor que a média. A maioria dos fatores que aumentam o risco, como a idade e certos genes anômalos, não pode ser modificada. No entanto, a prática de atividade física de maneira regular, sobretudo durante a adolescência e no início da idade adulta, pode reduzir o risco de ter câncer de mama.

Muito mais importante do que tentar modificar os fatores de risco é estar atento para detectar o câncer de mama, para que ele possa ser diagnosticado e tratado precocemente, quando as chances de cura são maiores. A detecção precoce tem mais probabilidade de ocorrer quando a mulher faz mamografias Mamografia O câncer de mama ocorre quando algumas células na mama se tornam anormais e se dividem de maneira descontrolada. O câncer de mama geralmente começa nas glândulas que produzem leite (lóbulos)... leia mais Mamografia . Alguns médicos também recomendam realizar o autoexame da mama Autopercepção da mama O câncer de mama ocorre quando algumas células na mama se tornam anormais e se dividem de maneira descontrolada. O câncer de mama geralmente começa nas glândulas que produzem leite (lóbulos)... leia mais Autopercepção da mama em intervalos regulares, embora esses exames não tenham demostrado diminuir o risco de morte causada por câncer de mama.

Idade

O avanço da idade é o principal fator de risco no câncer de mama. A maioria dos casos de câncer de mama ocorre em mulheres com mais de 50 anos de idade. O risco é maior após os 75 anos.

Antecedentes de câncer de mama

Histórico de câncer de mama aumenta o risco de um novo câncer de mama. Após a remoção da mama enferma, o risco de ter câncer na outra mama é de aproximadamente 0,5% a 1,0% a cada ano.

Histórico familiar do câncer de mama

O câncer de mama em um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) aumenta o risco da mulher em duas a três vezes, mas o câncer de mama em parentes mais distantes (avó, tia ou prima) aumenta apenas um pouco o risco. Câncer de mama em dois ou mais parentes de primeiro grau aumenta o risco da mulher em cinco a seis vezes.

Mutação no gene para o câncer de mama

Foram identificadas mutações em dois genes diferentes para o câncer de mama (BRCA1 e BRCA2). Menos de 1% das mulheres têm essas mutações genéticas. Cerca de 5% a 10% das mulheres com câncer de mama têm uma dessas mutações genéticas. Se uma mulher tiver uma dessas mutações, ela tem aproximadamente 50% a 85% de chance de ter câncer de mama até o fim da vida. O risco de ter câncer de mama até os 80 anos de idade é de aproximadamente 72% na presença de uma mutação no BRCA1 e de aproximadamente 69% na presença de uma mutação no BRCA2. No entanto, se uma mulher tiver câncer de mama, sua chance de morrer em razão dele não será necessariamente maior que a chance de qualquer outra mulher com câncer de mama.

Essas mutações são mais comuns entre as judias asquenazes.

Mulheres com propensão a ter uma dessas mutações são aquelas que possuem pelo menos dois parentes próximos, geralmente de primeiro grau, que tiveram câncer de mama ou de ovário. Por isso, os exames preventivos de rotina para detectar essas mutações não parecem ser necessários, exceto em mulheres com esse histórico familiar.

Ter uma mutação no BRCA também aumenta o risco de ter câncer de ovário Câncer de ovário, câncer das trompas de Falópio e câncer de peritônio O câncer de ovário é o câncer dos ovários. Ele está relacionado ao câncer das trompas de Falópio, que se desenvolve nas trompas que vão dos ovários ao útero, e ao câncer de peritônio, que é... leia mais . As mulheres com mutações no gene BRCA1 têm um risco de aproximadamente 40% de desenvolver câncer de ovário. No caso de mulheres com mutações no gene BRCA2, o risco é aproximadamente 15%.

Homens que têm uma mutação no gene BRCA têm um risco de 1% a 2% de desenvolver câncer de mama.

As mulheres com uma dessas mutações precisam ser monitoradas com mais atenção quanto à presença de câncer de mama, por exemplo, por meio da realização de exames mais frequentes ou por meio de exames preventivos incluindo tanto a mamografia como a ressonância magnética (RM). Alternativamente, elas podem tentar impedir o surgimento do câncer tomando tamoxifeno ou raloxifeno Prevenção Prevenção (que é semelhante ao tamoxifeno) ou, às vezes, até mesmo por meio de remoção dos dois seios (mastectomia Mastectomia O câncer de mama ocorre quando algumas células na mama se tornam anormais e se dividem de maneira descontrolada. O câncer de mama geralmente começa nas glândulas que produzem leite (lóbulos)... leia mais Mastectomia dupla).

Determinados tipos de alterações benignas na mama

Algumas alterações na mama parecem aumentar levemente o risco de ter câncer de mama. Incluem

A presença de tecido mamário denso também dificulta a identificação do câncer de mama pelo médico. Ter mamas densas significa que a mulher tem mais tecido fibroglandular (composto por tecido conjuntivo fibroso e glândulas) e menos tecido adiposo na mama.

No caso de mulheres com essas alterações, o risco de ter câncer de mama é apenas ligeiramente maior, a menos que a estrutura de tecido anômalo seja detectada durante uma biópsia ou que ela tenha um histórico familiar de câncer de mama.

Idade da primeira menstruação, da primeira gravidez e da menopausa

Quanto mais cedo começa a menstruação (sobretudo antes dos 12 anos de idade), maior o risco de ter câncer de mama.

Quanto mais tarde ocorre a primeira gravidez e a menopausa, maior o risco. Nunca ter um bebê aumenta o risco de ter câncer de mama. Contudo, as mulheres que engravidaram pela primeira vez depois dos 30 anos de idade têm um risco maior que aquelas que nunca tiveram um bebê.

Esses fatores provavelmente aumentam o risco, porque envolvem exposição mais longa ao estrogênio, que estimula o crescimento de certos tipos de câncer. (A gravidez, embora resulte em altos níveis de estrogênio, pode reduzir o risco de câncer de mama.)

Uso de contraceptivos orais ou terapia hormonal

Alguns estudos mostram que mulheres que tomam contraceptivos orais (pílulas anticoncepcionais) têm um risco ligeiramente maior de ter câncer de mama. Depois que ela para de tomar a pílula, esse risco parece voltar ao normal no prazo de aproximadamente 10 anos.

Após a menopausa, tomar terapia hormonal combinada (estrogênio Terapia hormonal para a menopausa A menopausa é o fim permanente das menstruações e, consequentemente, da fertilidade. Por vários anos antes e logo após a menopausa, os níveis de estrogênio variam muito, as menstruações tornam-se... leia mais Terapia hormonal para a menopausa com uma progestina) por alguns anos ou mais aumenta o risco de câncer de mama. Tomar estrogênio individualmente não parece aumentar o risco de ter câncer de mama.

Dieta e obesidade

A dieta pode contribuir para o surgimento do câncer de mama, mas não existe evidência sobre os efeitos causados por um tipo específico de dieta (como uma dieta rica em gorduras) (consulte também Dieta e câncer Dieta e câncer Muitos estudos tentaram determinar se comer alimentos específicos aumenta ou diminui o risco de uma pessoa desenvolver câncer. Infelizmente, diferentes estudos possuem resultados conflitantes... leia mais ).

O risco de ter câncer de mama é um pouco maior para mulheres que estão obesas após a menopausa. As células adiposas produzem estrogênio, o que pode contribuir para o aumento do risco. No entanto, não há nenhuma prova de que uma dieta rica em gordura contribua para o surgimento do câncer de mama ou que a mudança da dieta possa diminuir o risco. Alguns estudos sugerem que mulheres obesas que ainda menstruam têm menos chances de ter câncer de mama.

Existem pesquisas em andamento sobre o vínculo entre a obesidade e o câncer (consulte também the National Cancer Institute: Uncovering the Mechanisms Linking Obesity and Cancer Risk).

Estilo de vida

O tabagismo e a ingestão regular de bebidas alcoólicas podem aumentar o risco de câncer de mama. Especialistas recomendam que as mulheres se limitem a uma bebida alcoólica por dia. Uma bebida é aproximadamente 340 ml de cerveja, 145 ml de vinho ou 40 ml de bebida mais concentrada, como uísque.

Exposição à radiação

A exposição à radiação (como a radioterapia para o câncer ou exposição significante aos raios X) antes dos 30 anos de idade aumenta o risco.

Tipos de câncer de mama

O câncer de mama costuma ser classificado de acordo com os critérios a seguir:

  • O tipo de tecido do qual o câncer se originou

  • O quanto o câncer se disseminou

  • O tipo dos receptores tumorais nas células cancerosas

Tipo de tecido

Há muitos tipos de tecidos na mama. O câncer pode surgir na maioria desses tecidos, incluindo

  • Dutos de leite (chamado de carcinoma dutal)

  • Nas glândulas produtoras de leite ou lóbulos (chamado de carcinoma lobular)

  • No tecido adiposo ou conjuntivo (chamado sarcoma): Este tipo é raro.

O carcinoma dutal é responsável por aproximadamente 90% dos casos de câncer de mama.

A doença mamilar de Paget Doença mamilar de Paget A doença mamilar de Paget é um tipo raro de câncer de mama que se origina nos dutos lácteos sob o mamilo, mas surge primeiramente na pele. O termo doença de Paget também se refere a uma... leia mais Doença mamilar de Paget é um carcinoma do duto da mama que afeta a pele sobre o mamilo e ao redor dele. O primeiro sintoma é uma ferida dura ou escamosa no mamilo ou uma secreção do mamilo. Aproximadamente 50% das mulheres com esse tipo de câncer também têm um nódulo na mama que pode ser sentido. As mulheres com a doença de Paget do mamilo também podem ter outro câncer de mama que não é sentido, mas que pode ser observado por meio de exames de imagem: mamografia, ressonância magnética (RM) ou ultrassonografia, realizados para procurar por um outro câncer. Uma vez que essa doença geralmente causa pouco desconforto, as mulheres podem ignorá-la por um ano ou mais antes de consultar um médico. O prognóstico depende da invasão e do tamanho do câncer, e se ele se disseminou para os linfonodos.

Os tumores filoides de mama são relativamente raros, sendo responsáveis por menos de 1% dos casos de câncer de mama. Entre 10% e 25% são cancerosos. Eles se originam no tecido mamário em torno dos dutos de leite e glândulas produtoras de leite. O tumor se dissemina para outras partes do corpo (gera metástases) em aproximadamente 10% a 20% das mulheres com a doença. Cerca de 20% a 35% das mulheres que tiveram o tumor têm recorrência. O prognóstico é bom, exceto quando há metástase do tumor.

Extensão da disseminação

O câncer de mama pode ficar na mama ou se disseminar para qualquer parte do corpo através dos vasos linfáticos Considerações gerais sobre o sistema linfático O sistema linfático é uma parte vital do sistema imunológico. Ele inclui órgãos como o timo, a medula óssea, o baço, as amígdalas, o apêndice e as placas de Peyer no intestino delgado, que produzem... leia mais ou da corrente sanguínea. As células cancerosas tendem a se mover para dentro dos vasos linfáticos na mama. A maioria dos vasos linfáticos na mama drena para os linfonodos da axila (linfonodos axilares). Uma função dos linfonodos é filtrar e destruir células anômalas ou estranhas, tais como células cancerosas. Se as células cancerosas ultrapassarem esses linfonodos, o câncer pode se disseminar para outras partes do corpo.

O câncer de mama tende a se espalhar (gerar metástase) até os ossos, cérebro, pulmões, fígado e pele, mas ele pode se espalhar para qualquer região. A disseminação até o couro cabeludo é incomum. O câncer de mama pode aparecer nessas regiões anos ou até mesmo décadas depois de diagnosticado e tratado pela primeira vez. Se o câncer se disseminar para uma região, provavelmente se disseminará para outras regiões, mesmo que isso não possa ser detectado imediatamente.

O câncer de mama pode ser classificado como

  • Carcinoma in situ

  • Câncer invasivo

Carcinoma in situ significa câncer no lugar. É o estádio mais precoce do câncer de mama. O carcinoma in situ pode ser grande e até mesmo afetar uma área significativa da mama, mas não invade os tecidos ao redor nem se dissemina para outras partes do corpo.

O carcinoma dutal in situ fica confinado nos dutos de leite da mama. Ele não invade o tecido da mama ao redor, mas pode se disseminar pelos dutos e afetar gradualmente uma área significativa da mama. Esse tipo é responsável por 85% dos casos de carcinoma in situ e pelo menos metade dos casos de câncer de mama. Ele costuma ser detectado por mamografia. Esse tipo pode se tornar invasivo.

O carcinoma lobular in situ surge dentro das glândulas produtoras de leite (lóbulos) da mama. Geralmente ocorre em diversas regiões de ambas as mamas. A mulher com carcinoma lobular in situ têm entre 1% e 2% de chance por ano de ter câncer de mama invasivo na mama afetada ou na outra mama. O carcinoma lobular in situ é responsável por 1% a 2% dos casos de câncer de mama. Normalmente, o carcinoma lobular in situ não pode ser visto em uma mamografia e só é detectado por biópsia. Há dois tipos de carcinoma lobular in situ: clássico e pleomórfico. O tipo clássico não é invasivo, mas tê-lo aumenta o risco de desenvolver câncer invasivo em uma das mamas. O tipo pleomórfico dá origem a um câncer invasivo e, quando é detectado, ele é removido cirurgicamente.

O câncer invasivo pode ser classificado da seguinte forma:

  • Localizada: O câncer está confinado à mama.

  • Regional: O câncer invade os tecidos perto das mamas, como a parede torácica ou linfonodos.

  • Distante (metastático): O câncer se disseminou a partir da mama para outras partes do corpo (gerou metástase).

O carcinoma dutal invasivo começa nos dutos de leite, mas rompe a parede dos dutos, invadindo o tecido mamário ao redor. Ele também pode se espalhar para outras partes do corpo. Ele é responsável por 80% dos casos de câncer de mama invasivos.

O carcinoma lobular invasivo começa nas glândulas produtoras de leite da mama, mas invade o tecido mamário ao redor e se dissemina para outras partes do corpo. É mais provável de ocorrer em ambas as mamas do que outros tipos de câncer de mama. Ele é responsável pela maior parte dos outros casos de câncer de mama invasivos.

Tipos raros de câncer de mama invasivo incluem

  • Carcinoma medular

  • Carcinoma tubular

  • Carcinoma metaplásico

  • Carcinoma mucinoso

O carcinoma mucinoso geralmente surge em mulheres mais velhas e cresce lentamente. Mulheres com a maioria desses tipos raros de câncer de mama têm um prognóstico muito melhor do que mulheres com outros tipos de câncer de mama invasivo. No entanto, o prognóstico é significativamente pior para mulheres com câncer de mama metaplásico do que para aquelas com outros tipos de câncer de mama dutal.

Receptores tumorais

Todas as células, incluindo as células cancerosas da mama, têm moléculas em suas superfícies chamadas de receptores. Um receptor tem uma estrutura específica que permite que apenas substâncias específicas entrem e, assim, afetem a atividade da célula. O fato de as células cancerosas da mama terem ou não determinados receptores afeta a rapidez com que o câncer se dissemina e como ele deve ser tratado.

Os receptores tumorais incluem:

  • Receptores do estrogênio e da progesterona: Algumas células cancerosas da mama têm receptores do estrogênio. O câncer resultante, descrito como positivo para receptores do estrogênio, cresce ou se dissemina quando estimulado pelo estrogênio. Esse tipo de câncer é mais comum entre mulheres na pós-menopausa do que entre mulheres mais jovens. Em aproximadamente dois terços das mulheres na pós-menopausa, o câncer é positivo para o receptor de estrogênio. Algumas células cancerosas da mama têm receptores da progesterona. O câncer resultante, descrito como positivo para receptores da progesterona é estimulado pela progesterona. Os cânceres de mama com receptores de estrogênio e, possivelmente, aqueles com receptores de progesterona crescem mais lentamente do que aqueles que não possuem esses receptores, e o prognóstico é melhor. (O estrogênio e a progesterona Considerações gerais sobre o sistema reprodutor feminino são hormônios sexuais femininos.)

  • Receptores de HER2 (HER2/neu): Células mamárias normais têm receptores HER2, que os ajudam a crescer. (HER significa receptor do fator de crescimento epitelial humano, que está envolvido na multiplicação, sobrevivência e diferenciação de células.) Em aproximadamente 20% dos cânceres de mama, as células cancerosas têm muitos receptores HER2. Geralmente, esses têm crescimento muito rápido.

Outras características

Algumas vezes, o câncer é também classificado com base em outras características.

Um exemplo é o câncer de mama inflamatório. O nome se refere aos sintomas do câncer, e não ao tecido afetado. Esse tipo se desenvolve rapidamente, é especialmente agressivo e costuma ser fatal. As células cancerosas bloqueiam os vasos linfáticos da pele da mama, fazendo com que a mama pareça inflamada: inchada, vermelha e quente. Geralmente, o câncer de mama inflamatório se dissemina para os linfonodos da axila. Os linfonodos podem ser sentidos como nódulos duros. No entanto, muitas vezes nenhum nódulo pode ser sentido na mama em si, porque esse tipo de câncer se dispersa por toda a mama. O câncer de mama inflamatório é responsável por cerca de 1% dos casos de câncer de mama.

Sintomas do câncer de mama

No início, o câncer de mama não apresenta sintomas.

O primeiro sintoma do câncer é, com mais frequência, um nódulo que, ao tato, costuma ter uma sensação diferente do tecido mamário ao redor dele. Em muitos dos casos de câncer de mama, a mulher descobre o nódulo sozinha. Esse nódulo pode ser câncer se for um espessamento firme e distintivo que aparece em uma das mamas, mas não na outra. Normalmente, alterações granulosas disseminadas na mama, especialmente na região externa superior, não são cancerosas e indicam alterações fibrocísticas Alterações fibrocísticas na mama Alterações fibrocísticas da mama (anteriormente chamadas de doença fibrocística da mama) incluem dor na mama, cistos e nódulos que não são decorrentes do câncer. (consulte também Considerações... leia mais .

Nos estádios iniciais, o nódulo pode se mover livremente sob a pele quando é empurrado com os dedos.

Em estádios mais avançados, o nódulo geralmente adere à parede torácica ou à pele sobre ele. Nesses casos, o nódulo não pode ser movido de nenhuma maneira ou não pode ser movido separadamente da pele sobre ele. Às vezes, a mulher consegue detectar se tem um câncer que adere ligeiramente à parede torácica ou à pele, ao levantar os braços sobre a cabeça em frente de um espelho. Se uma mama tiver câncer que adere à parede torácica ou à pele, essa manobra pode fazer a pele franzir ou criar uma covinha ou fazer com que uma mama pareça diferente da outra.

Saliências inchadas ou feridas purulentas podem surgir na pele no caso de câncer muito avançado. Às vezes, a pele sobre o nódulo fica com covinhas e rígida e se parece com a casca de uma laranja (peau d’orange), exceto na cor.

O nódulo pode ser doloroso, mas a dor não é um sinal confiável. Dor sem nódulo raramente é decorrente de câncer de mama.

Caso o câncer tenha se disseminado, os linfonodos Considerações gerais sobre o sistema linfático O sistema linfático é uma parte vital do sistema imunológico. Ele inclui órgãos como o timo, a medula óssea, o baço, as amígdalas, o apêndice e as placas de Peyer no intestino delgado, que produzem... leia mais , sobretudo aqueles na axila no lado afetado, podem parecer caroços duros ao toque. Os linfonodos podem estar presos ou aderir à pele ou à parede torácica. Geralmente são indolores, mas podem ser um pouco doloridos.

Ocasionalmente, o primeiro sintoma ocorre apenas quando o câncer se disseminou para outro órgão. Por exemplo, se ele tiver se disseminado para os ossos, os ossos podem ficar doloridos ou enfraquecidos, resultando em uma fratura. Se o câncer se disseminou para os pulmões, a mulher pode ter tosse ou dificuldade para respirar.

Na doença mamilar de Paget, o primeiro sintoma é uma ferida com crosta ou escamosa no mamilo ou secreção do mamilo. Essas alterações podem parecer inofensivas, então a mulher pode não achar que precisa consultar um profissional de saúde. Muitas mulheres que têm esse câncer também têm um nódulo na mama.

No câncer de mama inflamatório, a mama fica quente, vermelha e inchada, como se estivesse inflamada (mas não está). A pele da mama pode ficar com covinhas e rígida, como a casca de uma laranja, ou pode ter cristas. O mamilo pode se voltar para dentro (invertido). Uma secreção do mamilo é comum. Frequentemente, não é possível sentir um nódulo na mama, mas toda a mama está maior.

Exames preventivos para o câncer de mama

Uma vez que o câncer de mama raramente apresenta sintomas em seus estádios iniciais e como o tratamento precoce tem mais chances de ser bem-sucedido, os exames preventivos são importantes. Os exames preventivos são a busca por um distúrbio antes que os sintomas apareçam.

Os exames preventivos para o câncer de mama podem incluir

  • Exame anual da mama por um profissional de saúde

  • Mamografia

  • Se a mulher tiver um risco aumentado de ter câncer de mama, ressonância magnética (RM)

Questões relacionadas aos exames preventivos para o câncer de mama

Pode ser desafiador manter-se em dia com as recomendações mais recentes quanto aos exames preventivos para o câncer de mama, tais como qual é a época em que as mamografias devem ser iniciadas. Além disso, as organizações médicas podem mudar suas recomendações ao longo do tempo ou as recomendações podem variar entre organizações.

Algumas pessoas acreditam que realizar mais exames é melhor, mas realizar exames também pode ter desvantagens. Por exemplo, às vezes, os exames preventivos para o câncer de mama indicam que o câncer está presente quando na verdade não está (o chamado resultado falso-positivo). Uma biópsia de mama Biópsia da mama O câncer de mama ocorre quando algumas células na mama se tornam anormais e se dividem de maneira descontrolada. O câncer de mama geralmente começa nas glândulas que produzem leite (lóbulos)... leia mais Biópsia da mama costuma ser feita quando há um resultado positivo no exame preventivo da mama. Um resultado falso-positivo significa ter que realizar uma biópsia que não é necessária e sujeitar a mulher a ansiedade, dor e despesas desnecessárias. Devido a esses possíveis problemas, as organizações recomendam que algumas pessoas não precisam fazer exames preventivos. Essas pessoas incluem aquelas que são mais jovens ou mais velhas do que uma determinada idade (consulte a barra lateral Câncer de mama: quando a mamografia preventiva deve ser iniciada? Câncer de mama: Quando a mamografia preventiva deve ser iniciada? Câncer de mama: Quando a mamografia preventiva deve ser iniciada? ). As mulheres devem discutir as recomendações atuais, bem como seu próprio risco e prioridades com seu profissional de saúde e decidir qual tipo de exame preventivo, se houver, é adequado para elas.

Mamografia

Mamografia é uma das melhores formas de detectar o câncer de mama precocemente. A mamografia foi desenvolvida para ser suficientemente sensível para detectar a possibilidade de câncer em um estádio inicial, às vezes anos antes que possa ser sentida. Uma vez que a mamografia é muito sensível, às vezes ela indica a presença de câncer quando na verdade não há (um resultado falso-positivo). Aproximadamente 85% a 90% das anomalias detectadas durante os exames preventivos (ou seja, em mulheres sem sintomas ou nódulos) não são câncer. Normalmente, quando o resultado é positivo, procedimentos de acompanhamento mais específicos, geralmente uma biópsia de mama, são programados para confirmar o resultado. A mamografia pode deixar passar despercebidos até 15% dos casos de câncer de mama. Ela é menos exata em mulheres cujo tecido mamário é denso. Assim, é possível que essas mulheres precisem realizar exames adicionais, tais como ultrassonografia de mama, mamografia tridimensional (tomossíntese Exame da mama por um profissional de saúde O câncer de mama ocorre quando algumas células na mama se tornam anormais e se dividem de maneira descontrolada. O câncer de mama geralmente começa nas glândulas que produzem leite (lóbulos)... leia mais Exame da mama por um profissional de saúde ) ou ressonância magnética (RM).

Na mamografia, raios-X são usados ​​para verificar se há regiões anormais na mama. Um técnico posiciona a mama da mulher em cima de uma placa de raios X. Uma tampa plástica ajustável é abaixada sobre a parte superior da mama, comprimindo firmemente a mama. Assim, a mama é achatada de modo que a máxima quantidade de tecido possa ser visualizada e examinada. Os raios X são direcionados para baixo através da mama, produzindo uma imagem na placa de raios X. Duas radiografias são tiradas de cada mama nessa posição. Em seguida, as placas podem ser colocadas verticalmente em cada lado da mama, e os raios X são direcionados a partir do lado. Essa posição produz uma vista lateral da mama.

Uma tomossíntese mamária (um tipo de mamografia tridimensional) pode ser usada juntamente com a mamografia para gerar uma imagem tridimensional clara e extremamente nítida da mama. Essa técnica facilita um pouco a detecção do câncer, sobretudo em mulheres cujo tecido mamário é denso. No entanto, esse tipo de mamografia expõe a mulher a uma quantidade maior de radiação que a mamografia tradicional.

As recomendações em relação à realização da mamografia preventiva de rotina variam. Os especialistas não conseguem chegar a um consenso em relação a

  • Quando ela deve ser iniciada

  • Com que frequência ela deve ser realizada

  • Quando (ou se) ela deve ser interrompida

As recomendações dos especialistas em relação a quando começar a mamografia de rotina Câncer de mama: Quando a mamografia preventiva deve ser iniciada? Câncer de mama: Quando a mamografia preventiva deve ser iniciada? variam. A mamografia preventiva é recomendada para todas as mulheres a partir dos 50 anos de idade, mas alguns especialistas recomendam iniciá-la já aos 40 ou 45 anos.

Alguns especialistas recomendam começar aos 50 anos de idade porque a mamografia preventiva é mais exata em mulheres com mais de 50 anos de idade. Isso ocorre porque, à medida que a mulher envelhece, o tecido adiposo substitui o tecido fibroglandular na mama. É mais fácil detectar alterações próximas ao tecido adiposo com uma mamografia.

O benefício de realizar exames preventivos não é tão evidente em mulheres com idade entre 40 e 49 anos. Os especialistas também ficam preocupados em iniciar os exames preventivos muito cedo ou realizá-los com muita frequência porque isso causaria um aumento da exposição à radiação.

A mulher com fatores de risco para câncer de mama Fatores de risco do câncer de mama O câncer de mama ocorre quando algumas células na mama se tornam anormais e se dividem de maneira descontrolada. O câncer de mama geralmente começa nas glândulas que produzem leite (lóbulos)... leia mais Fatores de risco do câncer de mama tem uma chance maior de se beneficiar da prática de iniciar a mamografia antes dos 50 anos de idade. Ela deve discutir os riscos e benefícios de realizar mamografias preventivas com o médico.

Depois disso, a mamografia é repetida a cada um ou dois anos.

A mamografia de rotina pode ser interrompida aos 75 anos de idade, dependendo da expectativa de vida da mulher e se ela deseja ou não dar continuidade ao exame preventivo.

A dose de radiação usada na mamografia é muito baixa e é considerada segura.

A mamografia pode causar algum desconforto, mas o desconforto dura apenas alguns segundos. A mamografia deve ser agendada em um momento durante a menstruação, quando as mamas estão menos propensas estarem sensíveis.

Desodorantes e talcos não devem ser utilizados no dia do procedimento, porque eles podem interferir na imagem obtida. Todo o procedimento leva aproximadamente 15 minutos.

Mamografia: Exames preventivos para o câncer de mama

Mamografia: Exames preventivos para o câncer de mama

Você sabia que...

  • Apenas entre 10% e 15% das anomalias detectadas durante exames de rotina com a mamografia são confirmadas como câncer.

Câncer de mama: Quando a mamografia preventiva deve ser iniciada?

Por vezes, os especialistas discordam sobre quando os exames preventivos com mamografia devem ser iniciados. Uma vez que os exames preventivos identificam câncer e câncer pode ser fatal, acredita-se que os exames preventivos devem ser iniciados mais cedo (com 40 anos de idade) em vez de mais tarde (com 50 anos de idade). Contudo, os exames preventivos têm algumas desvantagens e os benefícios que eles oferecem às mulheres mais jovens não são tão evidentes quanto aqueles para mulheres mais velhas.

A seguir se encontram alguns dos motivos para a controvérsia:

  • Os exames preventivos, sobretudo em mulheres mais novas, detectam anomalias que podem não ser câncer. Encontrar uma anomalia frequentemente resulta em uma biópsia para determinar o que ela é. Assim, os exames preventivos resultam em mais biópsias de mama, algumas vezes gerando ansiedade e despesas desnecessárias para as mulheres, bem como a possibilidade de resultar em tecido cicatricial na mama.

  • Alguns tipos de câncer de mama, como o câncer de mama in situ (que significa que o câncer não se disseminou), não são fatais. Alguns tipos de câncer de mama crescem lentamente e não causam a morte da mulher. Contudo, outros tipos de câncer de mama continuam a crescer e a invadir outros tecidos. Ainda não se sabe quantos casos de câncer detectados pelos exames preventivos acabariam sendo fatais. Apesar disso, todos os tipos de câncer são tratados, porque atualmente os profissionais de saúde não têm evidência suficiente para determinar quais devem ser tratados e quais não devem.

  • A mamografia é menos exata em mulheres mais jovens. Assim, os exames preventivos podem deixar passar despercebidos alguns tipos de câncer, até mesmo possivelmente aqueles que poderiam ser fatais. A mamografia é mais exata em mulheres com mais de 50 anos, em parte porque, com o envelhecimento, o tecido fibroglandular (composto por tecido conjuntivo fibroso e glândulas) nas mamas tende a ser substituído por tecido adiposo. É mais fácil detectar alterações próximas ao tecido adiposo com uma mamografia.

  • Muitas mulheres precisam realizar exames preventivos para que uma vida possa ser salva. Quando as mulheres são mais velhas, é preciso realizar exames preventivos em menos mulheres para poder salvar uma vida. No caso de mulheres com idade superior a 50 anos, os exames preventivos salvam vidas e são recomendados.

Autopercepção da mama

As mulheres devem estar familiarizadas com o aspecto e a sensibilidade dos seios, e os homens também devem estar cientes das alterações nos mamilos ou ao redor deles. Caso a mulher perceba uma alteração, talvez seja recomendado que ela faça um autoexame da mama. A mulher deve relatar toda alteração a um profissional de saúde imediatamente. Antigamente, a maioria dos médicos recomendava que as mulheres examinassem as mamas para tentar detectar nódulos todos os meses. A maioria das organizações médicas não recomenda mais a realização de autoexames da mama Autopercepção da mama O câncer de mama ocorre quando algumas células na mama se tornam anormais e se dividem de maneira descontrolada. O câncer de mama geralmente começa nas glândulas que produzem leite (lóbulos)... leia mais Autopercepção da mama mensais ou semanais como uma medida rotineira de prevenção contra o câncer. Realizar esses exames quando não houver nódulo ou outra alteração não ajuda a detectar câncer de mama precocemente em mulheres que fazem mamografias preventivas.

Exame da mama por um profissional de saúde

Um exame da mama pode fazer parte de um exame físico de rotina. Contudo, da mesma forma que ocorre com o autoexame da mama, o exame do médico pode falhar em detectar um câncer. Um exame com mais sensibilidade como, por exemplo, uma mamografia, deve ser feito se a mulher precisar ou quiser realizar os exames preventivos, mesmo quando o exame do médico não tiver detectado nenhuma anomalia. Muitos médicos e organizações médicas não mais exigem a realização de um exame anual da mama por um médico.

Durante o exame, o médico examina as mamas para ver se há irregularidades, covinhas, pele esticada, nódulos e secreção. O médico sente (apalpa) cada mama com uma mão espalmada e verifica se há aumento dos linfonodos nas axilas, a região em que a maioria dos casos de câncer invade primeiro, e acima da clavícula. Linfonodos normais não podem ser sentidos através da pele, portanto aqueles que podem ser sentidos são considerados alargados. No entanto, quadros clínicos não cancerosos também podem gerar aumento dos linfonodos. Linfonodos que podem ser sentidos são examinados para ver se estão alterados.

Ressonância magnética

A RM é normalmente usada para realizar exames preventivos em mulheres com um alto risco de câncer de mama, como aquelas com uma mutação no gene BRCA. Os exames preventivos para essas mulheres também incluem mamografia e exame das mamas por um profissional da saúde. A realização de RM talvez seja recomendada para mulheres com tecido mamário denso como parte de uma avaliação geral que inclui a avaliação do risco.

Diagnóstico do câncer de mama

  • Mamografia

  • Exame da mama

  • Biópsia

  • Às vezes, ultrassonografia

Se forem detectadas alterações na mama (por exemplo, secreção no mamilo ou um nódulo) durante um exame físico, geralmente é feita uma ultrassonografia. Se os resultados forem inconclusivos, é feita uma mamografia.

A mamografia também pode ajudar a identificar tecido que deve ser removido e examinado ao microscópio (biópsia).

A ultrassonografia às vezes é utilizada para ajudar a distinguir entre um saco cheio de líquido (cisto Cistos na mama Cistos na mama são bolsas cheias de líquido que surgem na mama (consulte também Considerações gerais sobre distúrbios de mama e Nódulos na mama). Cistos na mama são comuns. Algumas mulheres... leia mais ) e um nódulo sólido. Essa distinção é importante porque os cistos geralmente não são cancerosos. Cistos podem ser monitorados (sem tratamento) ou drenados (aspirados) com uma pequena agulha e seringa. O líquido do cisto é examinado para detectar a presença de células cancerosas apenas no caso de ocorrer o seguinte:

  • O líquido está sanguinolento ou turvo.

  • Apenas uma pequena quantidade de líquido foi obtida.

  • O nódulo permanece mesmo depois de ter sido drenado.

Caso contrário, a mulher será examinada novamente em algumas semanas. Se o cisto não puder mais ser sentido neste momento, ele não é considerado canceroso. Se ele tiver reaparecido, ele é drenado novamente e o líquido é examinado ao microscópio. É possível que uma biópsia seja feita se o cisto reaparecer pela terceira vez ou se ainda estiver presente depois de ter sido drenado. Em casos raros, os cistos são removidos cirurgicamente quando houver suspeita de câncer.

Biópsia da mama

Todas as alterações sugestivas de câncer serão examinadas por biópsia.

O médico pode fazer uma dentre os diversos tipos de biópsia:

  • Biópsia por agulha grossa: Uma agulha grossa e oca com uma ponta especial é utilizada para remover uma amostra de tecido da mama.

  • Biópsia aberta (cirúrgica): O médico faz uma pequena incisão na pele e no tecido mamário e remove todo o nódulo ou parte dele. Esse tipo de biópsia é feito quando não for possível realizar uma biópsia por agulha. Ela pode também ser feita depois de uma biópsia por agulha que não detectou câncer para ter certeza de que o câncer não passou despercebido pela biópsia por agulha.

Um exame por imagem geralmente é realizado durante uma biópsia para ajudar o médico a saber onde inserir a agulha de biópsia. A utilização de exames de imagem para guiar a biópsia melhora a exatidão da biópsia por agulha grossa. Por exemplo, no caso de um nódulo (quer sentido ou visto em uma mamografia), uma biópsia por agulha grossa é guiada por ultrassonografia para conseguir chegar ao tecido anômalo com exatidão. Quando um exame de imagem é utilizado para guiar o posicionamento da agulha, um grampo costuma ser colocado durante a biópsia para marcar o local.

Quando uma anomalia é vista apenas em um exame de RM, um exame de RM será utilizado para guiar o posicionamento da agulha de biópsia.

Uma biópsia estereotáxica é útil quando existem depósitos minúsculos de cálcio (denominados microcalcificações) dispostos em padrões anômalos na mama. Esse tipo de biópsia ajuda o médico a localizar e a remover com exatidão uma amostra de tecido anômalo. Durante uma biópsia estereotáxica, o médico tira imagens mamográficas de dois ângulos e envia as imagens bidimensionais para um computador. O computador faz uma comparação entre elas e calcula a localização exata da anomalia em três dimensões. O tecido mamário a ser examinado por biópsia estereotáxica é radiografado para garantir que o médico de fato coletou uma amostra das microcalcificações anormais.

A maioria das mulheres não precisa ser internada no hospital para esses procedimentos. Geralmente, apenas é necessário um anestésico local.

Um patologista examina as amostras de biópsia ao microscópio para determinar a presença de células cancerosas. Geralmente, uma biópsia confirma o câncer em apenas algumas mulheres com uma anomalia detectada durante a mamografia.

Avaliação após o diagnóstico de câncer

Se for diagnosticado câncer, a mulher é examinada por especialistas em câncer (oncologistas), que podem incluir cirurgiões, oncologistas médicos (especialistas em tratamento com medicamentos contra o câncer) e radioterapeutas. Esses médicos determinam quais exames devem ser feitos e planejam o tratamento.

Se forem detectadas células cancerosas, a amostra da biópsia será analisada para determinar as características das células cancerosas como, por exemplo,

  • Se as células cancerosas têm receptores (de estrogênio ou progesterona)

  • Quantos receptores HER2 estão presentes

  • A rapidez com que as células cancerosas estão se dividindo

  • Para alguns tipos de câncer de mama, o exame genético das células do câncer (painéis multigene)

Essas informações ajudam o médico a estimar a velocidade com que o câncer pode se disseminar e quais tratamentos têm mais chances de serem eficazes.

Depois que o câncer de mama é diagnosticado, os exames podem incluir

No caso de exame genéticos, é possível que o médico encaminhe a mulher a um consultor genético, que pode documentar de forma detalhada o histórico familiar (incluindo todos os parentes que tiveram câncer), escolher os exames mais adequados e ajudar a interpretar os resultados.

Estadiamento do câncer de mama

Quando o câncer é diagnosticado, um estágio Estadiamento do câncer Suspeita-se de câncer com base nos sintomas, nos resultados de um exame físico e, por vezes, nos resultados de exames preventivos de uma pessoa. Ocasionalmente, as radiografias obtidas por outras... leia mais é atribuído a ele. O estágio é um número de 0 a IV (às vezes com subestágios indicados por letras) que reflete a extensão e agressividade do câncer:

  • Estágio 0 é atribuído a cânceres de mama in situ, como carcinoma dutal in situ. In situ significa que o câncer está no lugar. Isto é, o câncer não invadiu tecidos ao redor nem se espalhou para outras partes do corpo.

  • Estágios I a III são atribuídos ao câncer que se espalhou para tecidos dentro ou próximos da mama (câncer de mama localizado ou regional) Extensão da disseminação Extensão da disseminação .

  • Estágio IV é atribuído ao câncer de mama metastático (câncer que se espalhou a partir da mama e dos linfonodos na axila para outras partes do corpo).

O estadiamento do câncer ajuda o médico a determinar o tratamento mais adequado e o prognóstico.

Muitos fatores são considerados para determinar o estágio do câncer de mama, tais como:

  • O tamanho do câncer

  • Se o câncer se disseminou para os linfonodos

  • Se ele se espalhou (metástase) para outros órgãos, como pulmões ou cérebro

Outros fatores importantes no estadiamento incluem os seguintes:

O grau varia, pois, embora todas as células cancerosas tenham aparência anômala, algumas parecem mais anômalas que outras. Se as células cancerosas não forem muito diferentes das células normais, o câncer é considerado bem diferenciado. Se as células cancerosas forem muito anormais, elas são consideradas indiferenciadas ou mal diferenciadas. Cânceres bem diferenciados tendem a crescer e se espalhar mais lentamente do que os cânceres indiferenciados ou mal diferenciados. Com base nessas e outras diferenças no aspecto ao microscópio, os médicos atribuem um grau à maioria dos cânceres.

A presença de receptores hormonais e de mutações genéticas nas células cancerosas afeta a forma pela qual o câncer responde a diferentes tratamentos e o seu prognóstico.

Prognóstico do câncer de mama

Em geral, o prognóstico da mulher depende de

  • O tamanho do câncer

  • Que tipo de câncer ele é

  • Se ele se disseminou para os linfonodos ou outros órgãos

O número e a localização dos linfonodos que contêm células cancerosas é um dos principais fatores que determinam se o câncer pode ser ou não curado e, caso negativo, quanto tempo de vida a mulher terá.

A taxa de sobrevida de cinco anos para o câncer de mama (o percentual de mulheres que continuam vivas cinco anos após o diagnóstico) é

  • 99% se o câncer permanecer no local original (localizado)

  • 86% se o câncer tiver se disseminado e afetado os linfonodos próximos, mas não foi além (regional)

  • 29% se o câncer tiver se disseminado para locais distantes (gerou metástase)

  • 58% se uma avaliação completa não tiver sido realizada e o câncer não tiver sido estadiado

A mulher com câncer de mama tende a ter um prognóstico pior se tiver algum dos itens a seguir:

  • Diagnóstico de câncer de mama na faixa dos 20 e 30 anos de idade

  • Tumores grandes

  • Câncer formado por células que se dividem rapidamente, como tumores que não têm margens bem definidas ou câncer que se disseminou por toda a mama

  • Tumores que não têm receptores de estrogênio ou progesterona

  • Tumores que têm uma quantidade excessiva de receptores de HER2

  • A mutação no gene BRCA1

Nos Estados Unidos, as mulheres que são negras e não hispânicas têm taxas mais elevadas de morte por câncer de mama do que as que são brancas e não hispânicas.

É provável que o fato de ter a mutação no gene BRCA2 não faça com que o câncer atual tenha um resultado pior. Contudo, ter uma mutação em qualquer dos dois genes BRCA aumenta o risco de ter um segundo câncer de mama.

Prevenção do câncer de mama

Tomar medicamentos que diminuem o risco de câncer de mama (quimioprofilaxia) pode ser recomendado para as seguintes mulheres:

  • Aquelas com mais de 35 anos de idade e que já tiveram um carcinoma lobular in situ ou uma estrutura de tecido anômalo (hiperplasia atípica) nos dutos de leite ou nas glândulas produtoras de leite

  • Aquelas que têm uma mutação do gene BRCA1 ou BRCA2 ou outra mutação genética de alto risco

  • Aquelas com idade entre 35 e 59 e tiverem alto risco de ter câncer de mama com base na sua idade atual, na idade da primeira menstruação (menarca), idade do primeiro parto, número de parentes de primeiro grau com câncer de mama e no resultado de biópsias de mama anteriores

Medicamentos que bloqueiam os receptores de estrogênio no tecido da mama podem ser usados para prevenir o câncer de mama. Incluem

  • Tamoxifeno

  • Raloxifeno

A mulher deve perguntar ao médico sobre os possíveis efeitos colaterais antes de tomar esses medicamentos.

Os riscos do tamoxifeno incluem

Esses riscos são maiores para mulheres mais velhas.

O raloxifeno parece ter aproximadamente a mesma eficácia que o tamoxifeno em mulheres na pós-menopausa e gerar um risco menor de haver câncer de endométrio, coágulos sanguíneos e cataratas.

Ambos os medicamentos também podem aumentar a densidade óssea e, assim, beneficiar mulheres com osteoporose.

Tratamento do câncer de mama

  • Cirurgia

  • Geralmente radioterapia

  • Medicamentos de bloqueio hormonal (terapia endócrina), quimioterapia ou ambos

O tratamento para o câncer de mama tem início depois que o quadro clínico da mulher tiver sido extensivamente avaliado.

As opções de tratamento dependem do estádio e do tipo de câncer de mama e dos receptores que o câncer tem. No entanto, o tratamento é complexo, porque os diferentes tipos de câncer de mama têm características muito diferentes em relação à taxa de crescimento, à tendência a se disseminar (gerar metástase) e à resposta aos diversos tratamentos. Além disso, muito ainda é desconhecido sobre o câncer de mama. Consequentemente, os médicos podem ter diferentes opiniões sobre o tratamento mais adequado para uma mulher em particular.

As preferências da mulher e do médico afetam as decisões de tratamento. A mulher que tem câncer de mama deve pedir uma explicação clara sobre o que atualmente se sabe sobre o câncer e sobre o que ainda é desconhecido, bem como uma descrição completa das opções de tratamento. Então, elas podem considerar as vantagens e desvantagens dos diferentes tratamentos e aceitar ou rejeitar as opções oferecidas.

O médico pode pedir às pacientes com câncer de mama para participar em estudos de pesquisa que investigam um novo tratamento. Novos tratamentos visam a aumentar as chances de sobrevivência ou qualidade de vida. A mulher deve pedir ao médico que explique os riscos e possíveis benefícios da participação, para que ela possa tomar uma decisão bem informada.

O tratamento geralmente envolve cirurgia e costuma incluir radioterapia e quimioterapia ou medicamentos de bloqueio hormonal. Às vezes, a mulher pode escolher se a cirurgia incluirá a remoção parcial ou total de uma ou de ambas as mamas. As mulheres podem ser encaminhadas para um cirurgião plástico ou de reconstrução, que pode remover o câncer e reconstruir a mama na mesma operação.

Cirurgia

O tumor canceroso e quantidades variáveis ​​do tecido ao redor são removidos. Há duas alternativas principais para remoção do tumor:

  • Cirurgia de conservação da mama combinada com radioterapia

  • Remoção da mama (mastectomia)

No caso de mulheres com câncer invasivo (fase I ou superior), a mastectomia não é mais eficaz que a cirurgia de conservação da mama com radioterapia, desde que o tumor inteiro possa ser removido durante a cirurgia de conservação da mama. Na cirurgia de conservação da mama, o médico remove o tumor bem como um pouco do tecido normal ao seu redor para reduzir o risco de deixar algum tecido que possa conter câncer.

Antes da cirurgia, a quimioterapia pode ser aplicada para diminuir o tumor antes da remoção. Essa abordagem às vezes permite que algumas mulheres passem por uma cirurgia de conservação da mama, em vez de mastectomia.

Cirurgia de conservação da mama

A cirurgia de conservação da mama deixa o máximo possível da mama intacta. Quando esse tipo de cirurgia estiver sendo considerado, a coisa mais importante é o médico ter certeza de que removeu todo o câncer, em vez de correr o risco de deixar algum tecido que poderia conter câncer.

No caso da cirurgia de conservação da mama, em primeiro lugar o médico determina a extensão do tumor e quanto tecido ao redor (denominado margens) precisa ser removido. A abrangência das margens toma por base a extensão do tumor em relação à mama. Em seguida, tanto o tumor como as margens são removidos cirurgicamente. O tecido das margens é examinado sob um microscópio para verificar se existem células cancerosas que se disseminaram além do tumor. Esses achados ajudam o médico a decidir se é necessário tratamento adicional.

Vários termos (por exemplo, lumpectomia, excisão ampla, quadrantectomia) são utilizados para descrever a quantidade de tecido da mama que é removido.

As principais vantagens da cirurgia de conservação da mama são a possibilidade de preservar o tecido mamário e a aparência da mama após a cirurgia. Quando o tumor for grande em relação à mama, esse tipo de cirurgia tem menos chances de ser útil. Nesses casos, a remoção do tumor mais algum tecido normal ao redor significa a remoção da maior parte da mama. A cirurgia de conservação da mama geralmente é mais apropriada quando os tumores são pequenos. Em aproximadamente 15% das mulheres submetidas a uma cirurgia de conservação da mama, a quantidade de tecido removido é tão pequena que pouca diferença pode ser observada entre as mamas tratadas e não tratadas. No entanto, na maioria das mulheres, a mama tratada reduz um pouco e pode mudar de contorno.

Se a cirurgia de conservação da mama ou a mastectomia for uma opção, a mulher deve considerar cada opção. Algumas mulheres preferem a cirurgia de conservação da mama porque sentem que perder a mama seria uma experiência emocional e física muito difícil e que a cirurgia de conservação da mama ajuda a preservar a imagem corporal. Outras mulheres preferem a mastectomia porque se sentem mais confortáveis em remover todo o tecido mamário ou porque, se forem submetidas a uma mastectomia, talvez não precisem de radioterapia.

A quimioterapia, administrada para reduzir o tamanho do tumor antes de sua remoção, pode permitir que algumas mulheres realizem uma cirurgia de conservação da mama em vez de uma mastectomia.

Mastectomia

Mastectomia é a outra principal opção cirúrgica. Há vários tipos. Em todos os tipos, todo o tecido mamário é removido, mas quais tipos de tecidos e quanto tecido é deixado ou removido variam por tipo:

  • A mastectomia com conservação da pele deixa os músculos sob a mama e pele suficiente para cobrir a lesão. A reconstrução da mama é muito mais fácil se esses tecidos forem deixados. Os linfonodos na axila não são removidos.

  • Uma mastectomia com conservação do mamilo é a mesma coisa que uma mastectomia com conservação da pele, mas ela deixa o mamilo e a região de pele pigmentada ao redor do mamilo (aréola).

  • A mastectomia simples deixa o músculo sob a mama (músculo peitoral) e os linfonodos na axila.

  • A mastectomia radical modificada consiste em remover alguns linfonodos da axila, mas deixa o músculo sob a mama.

  • A mastectomia radical consiste em remover os linfonodos da axila e o músculo sob a mama. Este procedimento é raramente realizado salvo se o câncer tiver invadido os músculos sob a mama.

Avaliação dos linfonodos

O médico avalia os linfonodos para determinar se o câncer se disseminou para os linfonodos na axila. Sendo detectado câncer nesses linfonodos, é mais provável que o câncer tenha se disseminado para outras partes do corpo. Nesses casos, pode ser necessário um tratamento diferente.

Uma rede de vasos linfáticos e linfonodos (sistema linfático Considerações gerais sobre o sistema linfático O sistema linfático é uma parte vital do sistema imunológico. Ele inclui órgãos como o timo, a medula óssea, o baço, as amígdalas, o apêndice e as placas de Peyer no intestino delgado, que produzem... leia mais ) drena o líquido do tecido na mama (e de outras áreas do corpo). Os linfonodos capturam células estranhas ou anômalas (por exemplo, bactérias ou células cancerosas) que podem estar contidas nesse líquido. Assim, as células de câncer de mama frequentemente acabam em linfonodos próximos à mama, como aqueles na axila. Geralmente, células estranhas e anormais são então destruídas. Contudo, às vezes as células cancerosas continuam a crescer nos linfonodos ou passam através deles para os vasos linfáticos e se disseminam para outras partes do corpo.

Inicialmente, o médico apalpa a axila para verificar a presença de linfonodos aumentados. Dependendo do que o médico encontra, ele pode fazer ou não um ou mais dos itens a seguir:

  • Ultrassonografia para verificar a presença de linfonodos que podem estar aumentados

  • Uma biópsia (através da remoção de um linfonodo ou coletando uma amostra de tecido com uma agulha, usando ultrassonografia para guiar a colocação da agulha)

  • Dissecção de linfonodo axilar: a remoção de muitos (normalmente 10 a 20) linfonodos na axila

  • Dissecção de linfonodo sentinela: a remoção apenas do linfonodo ou linfonodos para o qual as células cancerosas têm mais propensão de se disseminar

Uma ultrassonografia será realizada se o médico apalpar um linfonodo aumentado na axila ou não tiver certeza se os linfonodos estão aumentados ou não. Se um linfonodo aumentado for detectado, uma agulha é inserida nele para remover uma amostra de tecido para ser examinado (biópsia aspirativa por agulha fina ou biópsia por agulha grossa Exames ). Uma ultrassonografia é usada para guiar o posicionamento da agulha.

A remoção cirúrgica de linfonodos da axila (dissecção de linfonodo axilar) pode ser necessária se a biópsia detectar a presença de câncer. A remoção de muitos linfonodos na axila, mesmo se eles tiverem câncer, não ajuda a curar o câncer. No entanto, ela ajuda o médico a decidir qual tratamento usar. Os linfonodos axilares são avaliados novamente após a administração da quimioterapia antes da cirurgia (um tratamento denominado quimioterapia neoadjuvante).

Se a biópsia depois de ultrassonografia não detectar a presença de câncer, uma biópsia de linfonodo sentinela é realizada porque mesmo se não houver células cancerosas na amostra coletada para biópsia, as células cancerosas podem estar presentes em outras partes do linfonodo. Uma biópsia de linfonodo sentinela é geralmente realizada como parte da cirurgia para remover o câncer, como lumpectomia ou mastectomia. Ele permite ao médico identificar e analisar o linfonodo mais importante relacionado a um câncer de mama. Se esse linfonodo não for canceroso, a mulher não precisa de uma cirurgia mais extensa para remover todos os linfonodos axilares.

Para realizar uma biópsia de linfonodo sentinela, o médico injeta um corante azul e/ou uma substância radioativa na mama. Essas substâncias mapeiam o trajeto entre a mama e o primeiro linfonodo (ou linfonodos) na axila. Em seguida, o médico faz uma pequena incisão na axila e procura por um linfonodo de tom azulado e/ou que emite um sinal radioativo (detectado por um aparelho portátil). Esse é o tipo de linfonodo que mais atrai a disseminação das células cancerosas. Esse linfonodo é denominado linfonodo sentinela porque ele é o primeiro a avisar que o câncer se espalhou. O médico remove esse linfonodo e o envia para um laboratório para que ele seja examinado quanto à presença de câncer. É possível que mais de um linfonodo tenha um tom azulado e/ou emita um sinal radioativo e, portanto, seja considerado um linfonodo sentinela.

Se o linfonodo sentinela não contiver células cancerosas, os outros linfonodos não serão removidos.

Se os linfonodos sentinela contiverem câncer, uma dissecção de linfonodo axilar pode ser realizada, dependendo de diversos fatores, como

  • Se existe uma mastectomia planejada

  • Quantos linfonodos sentinela estão presentes e se o câncer se disseminou para além dos linfonodos

Às vezes, durante uma cirurgia para remover o tumor, o médico descobre que o câncer se disseminou para os linfonodos e é necessária uma dissecção dos linfonodos axilares. Antes de ser realizada a cirurgia, é perguntado à mulher se ela está disposta a permitir que o cirurgião realize uma cirurgia mais abrangente se o câncer tiver se disseminado para os linfonodos. Caso contrário, um segundo procedimento cirúrgico é realizado posteriormente, se necessário.

A remoção de linfonodos muitas vezes causa problemas, pois afeta a drenagem de líquidos nos tecidos. Assim, é possível que ocorra um acúmulo de líquidos, causando inchaço persistente (linfedema) do braço ou da mão. Após a cirurgia, o risco de apresentar linfedema continua pelo resto da vida. É possível que o movimento dos braços e dos ombros fique limitado, necessitando de fisioterapia. Quanto maior for o número de linfonodos removidos, pior será o linfedema. A biópsia de linfonodo sentinela causa menos linfedema que a dissecção de linfonodo axilar.

Se um linfedema surgir, ele será tratado por terapeutas especialmente treinados. Eles ensinam a mulher como massagear a área, o que pode ajudar a drenar o líquido acumulado, e como aplicar um curativo, o que ajuda a evitar o acúmulo de líquido novamente. O braço afetado deve ser utilizado da forma mais normal possível, sendo que o braço não afetado deve ser usado para trabalho pesado. A mulher deve exercitar o braço afetado diariamente, conforme as instruções, e aplicar curativo durante a noite por tempo indeterminado.

Se os linfonodos foram removidos, o profissional da saúde pode pedir à mulher para não permitir a inserção de cateteres ou agulhas nas veias do braço afetado e para não medir a pressão arterial naquele braço. Esses procedimentos fazem com que o linfedema fique mais propenso a surgir ou piorar. Aconselha-se também que a mulher use luvas quando estiver fazendo atividades que podem arranhar ou lesionar a pele da mão e braço no lado da cirurgia. Evitar lesões e infecções pode ajudar a reduzir o risco de ter linfedema.

Outros problemas que podem ocorrer depois que os linfonodos são removidos incluem amortecimento temporário ou persistente, uma sensação de ardência persistente e infecção.

O que é um linfonodo sentinela?

Uma rede de vasos linfáticos e linfonodos drenam o líquido do tecido na mama. A função dos linfonodos é capturar células estranhas ou anômalas (por exemplo, bactérias ou células cancerosas) que podem estar contidas nesse líquido. Às vezes, células cancerosas passam através dos nódulos nos vasos linfáticos e se disseminam para outras partes do corpo.

Embora o líquido do tecido mamário acabe sendo drenado para muitos linfonodos, geralmente a drenagem do líquido ocorre primeiro através de apenas um ou alguns linfonodos que estão por perto. Esses linfonodos são chamados de linfonodos sentinela porque eles são os primeiros a avisar que o câncer se disseminou.

O que é um linfonodo sentinela?

Cirurgia de reconstrução da mama

A cirurgia de reconstrução da mama pode ser feita simultaneamente à mastectomia ou depois.

A mulher deve consultar um cirurgião plástico já no início do tratamento para poder planejar a cirurgia de reconstrução da mama. O momento em que a reconstrução é realizada depende não apenas da preferência da mulher, mas também dos outros tratamentos necessários. Por exemplo, se a radioterapia é realizada antes da cirurgia de reconstrução, as opções de reconstrução são limitadas. A cirurgia oncoplástica da mama, que combina cirurgia para tratamento do câncer (oncológica) e cirurgia plástica, é uma opção. Esse tipo de cirurgia foi concebido para remover todo o câncer da mama e preservar ou restaurar a aparência natural da mama.

Na maioria das vezes, a cirurgia é feita

  • com inserção de um implante (feito de silicone ou soro fisiológico)

  • com reconstrução da mama usando tecido removido de outras partes do corpo da mulher

Os cirurgiões frequentemente conseguem tecido para reconstrução da mama a partir de um músculo no abdômen inferior. Alternativamente, pele e tecido adiposo (em vez de músculo) do abdômen inferior podem ser usados para reconstruir a mama.

Cirurgia de reconstrução da mama
VÍDEO

Antes de inserir o implante, os médicos usam um expansor de tecido, que se parece com um balão, para esticar a pele e os músculos remanescentes no tórax para criar um espaço para o implante de mama. O expansor de tecido é colocado sob o músculo torácico durante a mastectomia. O expansor tem uma pequena válvula que os profissionais de saúde podem acessar ao inserir uma agulha através da pele. No decorrer das próximas semanas, uma solução salina (soro fisiológico) é periodicamente injetada através da válvula para expandir o expansor um pouco de cada vez. Depois que a expansão tiver sido concluída, o expansor é cirurgicamente removido e o implante é inserido.

Alternativamente, tecidos extraídos de outras partes do corpo da mulher (como músculo e tecidos sob a pele) podem ser usados para a reconstrução. Esses tecidos são extraídos do abdômen, costas ou nádegas e movidos para a região do tórax para criar o formato de um seio.

O mamilo e a pele ao seu redor são normalmente reconstruídos em uma operação separada, realizada posteriormente. Diversas técnicas podem ser usadas. Elas incluem usar tecido do corpo da mulher e tatuagem.

É possível também fazer cirurgia para modificar (aumentar, diminuir ou elevar) a outra mama para fazer com que elas fiquem parecidas.

Reconstrução da mama

Depois que um cirurgião geral remove um tumor de mama e o tecido mamário ao redor (mastectomia), um cirurgião plástico pode reconstruir a mama. Um implante de silicone ou de soro fisiológico pode ser usado, ou, em uma operação mais complexa, o tecido pode ser extraído de outras partes do corpo da mulher, como o abdômen, nádegas e costas.

A reconstrução pode ser feita ao mesmo tempo em que a mastectomia — uma opção que envolve anestesia por um tempo maior — ou depois — uma opção que envolve anestesia pela segunda vez.

A reconstrução do mamilo e da pele ao seu redor é feita posteriormente, frequentemente no consultório médico. Não é necessária anestesia geral.

Em muitas mulheres, uma mama reconstruída parece mais natural do que outra tratada com radioterapia, especialmente se o tumor for grande.

Se um implante de silicone ou de soro fisiológico for utilizado, e uma quantidade suficiente de pele tiver sido mantida para cobri-lo, a sensação na pele sobre o implante será relativamente normal. No entanto, nenhum tipo de implante é sentido como o tecido mamário ao toque. Se a pele de outras partes do corpo for utilizada para cobrir a mama, grande parte da sensação será perdida. No entanto, o tecido de outras partes do corpo dá uma sensação muito maior de ser tecido mamário ao toque que um implante de silicone ou de soro fisiológico.

O silicone ocasionalmente vaza da embalagem. Assim, um implante pode ficar duro, causar desconforto e parecer menos atraente. Além disso, às vezes o silicone entra na corrente sanguínea.

Algumas mulheres ficam preocupadas sobre o vazamento do silicone causar câncer em outras partes do corpo ou doenças raras, como lúpus eritematoso sistêmico (lúpus). Há pouca evidência sugerindo que o vazamento de silicone tenha esses efeitos graves, mas como existe a possibilidade, a utilização de implantes de silicone tem diminuído, especialmente entre mulheres que não tiveram câncer de mama.

Reconstrução da mama

Remoção da mama sem câncer

Certas mulheres com câncer de mama têm alto risco de desenvolver câncer na outra mama (aquela sem câncer). É possível que o médico sugira a essas mulheres que removam a outra mama antes que o câncer surja nela. Esse procedimento é chamado mastectomia profilática (preventiva) contralateral (lado oposto). Essa cirurgia preventiva pode ser adequada para mulheres que atendam a qualquer dos seguintes requisitos:

  • Uma mutação genética hereditária que aumenta o risco de ela desenvolver câncer de mama (por exemplo, a mutação BRCA1 ou BRCA2)

  • Mulheres com pelo menos dois parentes próximos, normalmente de primeiro grau, que tiveram câncer de mama ou de ovário

  • Radioterapia direcionada para o tórax quando a mulher tinha menos de 30 anos de idade

  • Carcinoma lobular in situ (um tipo não invasivo)

Em mulheres com carcinoma lobular in situ em uma das mamas, o câncer invasivo tem a mesma probabilidade de se desenvolver em qualquer uma das mamas. Assim, a única forma de eliminar o risco de câncer de mama para essas mulheres é remover ambas as mamas. Algumas mulheres, especialmente aquelas com alto risco de ter câncer de mama invasivo, optam por isso.

As vantagens da mastectomia profilática contralateral incluem o seguinte:

  • Sobrevida mais longa no caso de mulheres com câncer de mama e uma mutação genética que aumenta o risco e, possivelmente, no caso de mulheres com menos de 50 anos de idade quando são diagnosticadas com câncer de mama

  • Menor necessidade da realização de exames de imagem de acompanhamento incômodos após o tratamento

  • Para algumas mulheres, diminuição da ansiedade

As desvantagens deste procedimento incluem o seguinte:

  • O dobro do risco de complicações

Em vez de uma mastectomia profilática contralateral, algumas mulheres podem preferir que seu médico monitore a mama atentamente para câncer; por exemplo, com exames de imagem.

Radioterapia

A radioterapia é usada para matar as células cancerosas no local em que o tumor foi removido, e ao redor, incluindo os linfonodos próximos do local.

A radioterapia após a mastectomia é realizada se os seguintes critérios forem atendidos:

  • O tumor tem, no mínimo, cinco centímetros de comprimento.

  • O câncer se espalhou para um ou mais linfonodos.

Nesses casos, a radioterapia após a mastectomia reduz a incidência de câncer recorrente na parede torácica e nos linfonodos próximos, e melhora as chances de sobrevida.

A radioterapia após a cirurgia de conservação da mama reduz significativamente a incidência de câncer de mama recorrente próximo ao tumor original e nos linfonodos próximos, e pode melhorar a sobrevida global. No entanto, se uma mulher com mais de 70 anos de idade realizar uma lumpectomia e o câncer demonstrar ter receptores de estrogênio, talvez não seja necessário realizar radioterapia, uma vez que ela não reduz significativamente o risco de recorrência nem melhora as chances de sobrevida nessas mulheres.

Os efeitos colaterais da radioterapia incluem inchaço da mama, rubor e formação de bolhas na pele na região tratada, além de fadiga. Esses efeitos geralmente desaparecem no prazo de alguns meses até no máximo 12 meses, mais ou menos. Menos de 5% das mulheres tratadas com radioterapia têm fraturas nas costelas que causam menor desconforto. Em cerca de 1% das mulheres, os pulmões ficam um pouco inflamados de seis a 18 meses após o fim da radioterapia. A inflamação provoca uma tosse seca e falta de ar durante a atividade física que dura até cerca de seis semanas. O linfedema pode surgir após a radioterapia.

Quimioterapia e medicamentos de bloqueio hormonal

Quimioterapia e medicamentos de bloqueio hormonal podem suprimir o crescimento de células cancerosas por todo o corpo.

Para poder decidir se deve ser tratada com quimioterapia, o médico avalia alguns fatores sobre a mulher e seu câncer de mama e discute os riscos e benefícios com ela. Os fatores que os médicos levam em consideração incluem

  • Se o câncer se disseminou para os linfonodos

  • Se a mulher está na pré-menopausa ou na pós-menopausa

  • Quais são os resultados dos exames para receptores de estrogênio e receptores de progesterona

  • Quais são os resultados dos exames para o oncogene do fator de crescimento epidérmico humano 2 (HER2)

  • Exames genéticos de câncer (por exemplo, o exame Oncotype DX)

No caso de mulheres com câncer de mama invasivo, quimioterapia e/ou medicamentos de bloqueio hormonal são geralmente iniciados logo após a cirurgia. A mulher continua a tomar esses medicamentos durante meses ou anos. Alguns, como o tamoxifeno, podem ser continuados por cinco a dez anos. Medicamentos de bloqueio hormonal ou quimioterapia podem ser iniciados antes da cirurgia se o tumor for maior que cinco centímetros. Esses medicamentos retardam ou previnem a recorrência de câncer na maioria das mulheres e prolongam a sobrevivência em algumas.

A análise do material genético do câncer (teste genético preditivo) pode ajudar a prever quais tipos de câncer são sensíveis à quimioterapia ou medicamentos de bloqueio hormonal.

Se a mulher tiver câncer de mama com receptores de estrogênio e de progesterona, mas não tiver receptores de HER2 e os linfonodos não foram afetados, talvez ela não precise de quimioterapia. É possível que apenas a terapia hormonal seja suficiente.

Quimioterapia

Quimioterapia é usada para matar as células que se multiplicam rapidamente ou para retardar sua multiplicação. A quimioterapia isolada não pode curar o câncer de mama. Deve ser usada com cirurgia ou radioterapia. Medicamentos para quimioterapia geralmente são administrados por via intravenosa em ciclos. Às vezes, são administrados por via oral. Geralmente, um dia de tratamento é seguido por duas ou mais semanas de recuperação. O uso de vários medicamentos para quimioterapia em conjunto é mais eficaz do que o uso de um único medicamento. A escolha dos medicamentos depende em parte se as células cancerosas são detectadas nos linfonodos próximos.

Os efeitos colaterais (como náuseas, vômitos, perda de cabelo e fadiga) variam dependendo dos medicamentos utilizados. A quimioterapia pode causar infertilidade e menopausa precoce, destruindo os óvulos nos ovários. A quimioterapia pode também suprimir a produção de hemácias pela medula óssea e, com isso, causar anemia ou sangramento ou o aumento do risco de infecções. Assim, medicamentos como filgrastim ou pegfilgrastim podem ser usados para estimular a medula óssea a produzir hemácias.

Medicamentos de bloqueio hormonal

Medicamentos de bloqueio hormonal interferem nas ações do estrogênio ou progesterona, que estimulam o crescimento de células cancerígenas que possuem receptores deestrogênio ou progesterona. Os medicamentos de bloqueio hormonal podem ser usados quando as células cancerosas tiverem esses receptores, algumas vezes em vez de usar quimioterapia. Os benefícios dos medicamentos de bloqueio hormonal são maiores quando as células cancerosas têm receptores tanto de estrogênio como de progesterona e são quase tão bons quando apenas receptores de estrogênio estão presentes. O benefício é mínimo quando apenas receptores de progesterona estão presentes.

Os medicamentos de bloqueio hormonal incluem

Anticorpos monoclonais

Anticorpos monoclonais são cópias sintéticas (ou versões levemente modificadas) de substâncias naturais que fazem parte do sistema imunológico do organismo. Esses medicamentos melhoram a capacidade do sistema imunológico de combater o câncer.

Tratamento do câncer não invasivo (estádio 0)

No caso de carcinoma dutal in situ, o tratamento costuma incluir uma das opções a seguir:

  • Uma mastectomia

  • Remoção do tumor e de uma área grande de tecido normal ao seu redor (excisão ampla) com ou sem radioterapia

Algumas mulheres com carcinoma dutal in situ também recebem medicamentos de bloqueio hormonal como parte do tratamento.

No caso de carcinoma lobular in situ, o tratamento inclui o seguinte:

  • Carcinoma lobular in situ clássico: Remoção cirúrgica para verificar a presença de câncer e, se nenhum câncer for detectado, observação cuidadosa e, às vezes, administração de tamoxifeno, raloxifeno ou um inibidor de aromatase para reduzir o risco de câncer invasivo

  • Carcinoma lobular in situ pleomórfico: Cirurgia para remover a região anômala e, às vezes, administração de tamoxifeno ou raloxifeno para reduzir o risco de ter câncer invasivo

Observação consiste em um exame físico a cada seis a doze meses por cinco anos e uma vez por ano depois disso, além de mamografia uma vez por ano. Embora o câncer de mama invasivo possa surgir, os tipos de câncer invasivo que surgem não costumam crescer rápido e, geralmente, é possível tratá-los com eficácia. Além disso, uma vez que o câncer invasivo tem a mesma chance de surgir em qualquer uma das mamas, a única forma de eliminar o risco de ter câncer de mama em mulheres com carcinoma lobular in situ é remover ambas as mamas (mastectomia bilateral Mastectomia O câncer de mama ocorre quando algumas células na mama se tornam anormais e se dividem de maneira descontrolada. O câncer de mama geralmente começa nas glândulas que produzem leite (lóbulos)... leia mais Mastectomia ). Algumas mulheres, especialmente aquelas com alto risco de ter câncer de mama invasivo, optam por isso.

A mulher com carcinoma lobular in situ frequentemente recebem tamoxifeno, um medicamento de bloqueio hormonal, por cinco anos. Ele reduz, mas não elimina, o risco de ter câncer invasivo. As mulheres na pós-menopausa podem receber raloxifeno ou, às vezes, um inibidor de aromatase em vez dele.

O trastuzumabe e o pertuzumabe são um tipo de anticorpo monoclonal denominado medicamento anti-HER2. Eles são utilizados juntamente com quimioterapia para tratar o câncer de mama metastático apenas quando as células cancerosas tiverem uma quantidade excessiva de receptores de HER2. Esses medicamentos se ligam aos receptores de HER2 e, assim, ajudam a prevenir a multiplicação das células cancerosas. Às vezes, ambos esses medicamentos são utilizados. O trastuzumabe geralmente é tomado por um ano. Ambos os medicamentos podem enfraquecer o músculo cardíaco. Assim, o médico monitora a função cardíaca durante o tratamento.

Tratamento de câncer invasivo de estádio inicial (estádios I e II)

O tratamento do câncer de mama contido na mama, e que pode ou não ter se espalhado até os linfonodos próximos, quase sempre inclui cirurgia para remover o máximo possível do tumor. É possível que um dos exames a seguir seja realizado:

  • Cirurgia de conservação da mama, seguida de radioterapia.

  • Mastectomia com ou sem reconstrução da mama

É possível que a mulher receba quimioterapia antes da fazer a cirurgia (um tratamento denominado quimioterapia neoadjuvante). Se o tumor estiver ligado à parede torácica, a quimioterapia ajuda a tornar possível a remoção do tumor. A quimioterapia também é útil se um câncer de mama for grande em relação ao resto da mama. A quimioterapia neoadjuvante melhora a chance de a mulher poder fazer uma cirurgia de conservação da mama. A cirurgia de conservação da mama é utilizada apenas quando o tumor não for muito grande, uma vez que tanto o tumor inteiro como um pouco do tecido normal ao seu redor devem ser removidos. Se o tumor for grande, a remoção do tumor mais um pouco do tecido normal ao seu redor essencialmente resulta na remoção da maior parte da mama.

A quimioterapia neoadjuvante também é considerada para tratar o câncer de mama que não tem receptores de estrogênio, progesterona e HER2 (um tipo de câncer de mama denominado triplo negativo) e o câncer que tem apenas receptores de HER2.

Após a cirurgia, é possível que a mulher receba quimioterapia, medicamentos de bloqueio hormonal, medicamentos anti-HER2 ou uma combinação, dependendo do resultado da análise do tumor.

Tratamento de câncer localmente avançado (estádio III)

O seguinte pode ser feito no caso do câncer de mama que se espalhou para um número maior de linfonodos:

  • Antes da cirurgia, medicamentos, em geral quimioterapia, para diminuir o tamanho do tumor

  • Cirurgia de conservação da mama ou mastectomia, se o medicamento administrado antes da cirurgia tornar possível a remoção do tumor

  • Geralmente, radioterapia após cirurgia

  • Quimioterapia, medicamentos de bloqueio hormonal ou ambos, após a cirurgia

A utilização ou não de radioterapia e/ou quimioterapia ou outros medicamentos após a cirurgia depende de vários fatores, como:

  • Quão grande é o tumor

  • Se a menopausa já ocorreu ou não

  • Se o tumor tem ou não receptores hormonais

  • Quantos linfonodos contêm células cancerosas

Tratamento de câncer que se disseminou (estádio IV)

O câncer de mama que se disseminou além dos linfonodos raramente é curado, mas a maioria das mulheres que têm essa doença vive pelo menos dois anos, e algumas chegam a viver de 10 a 20 anos. O tratamento prolonga apenas um pouco a vida, mas pode aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. No entanto, alguns tratamentos têm efeitos secundários problemáticos. Assim, a decisão de ser ou não tratada e a escolha do tratamento podem ser algo muito pessoal.

A escolha da terapia depende de:

  • Se o câncer tem ou não receptores de estrogênio ou progesterona

  • Quanto tempo o câncer permaneceu em remissão antes de se disseminar

  • Quantos órgãos e quantas partes do organismo foram afetados pela disseminação do câncer (onde estão localizadas as metástases)

  • Se a mulher já está na pós-menopausa ou se ainda menstrua

Se o câncer estiver causando sintomas (dor ou outro desconforto), a mulher geralmente será tratada com quimioterapia ou medicamentos de bloqueio hormonal. A dor geralmente é tratada com analgésicos. Outros medicamentos podem ser administrados para aliviar outros sintomas. Quimioterapia ou medicamentos de bloqueio hormonal são administrados para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

Será dada preferência ao tratamento com medicamentos de bloqueio hormonal, em vez de quimioterapia, quando o câncer tiver as seguintes características:

  • O câncer for positivo para receptores de estrogênio.

  • O câncer não tiver retornado por mais de dois anos após o diagnóstico e o tratamento inicial.

  • O câncer não trouxer risco de morte imediato.

Medicamentos de bloqueio hormonal diferentes são utilizados em situações diferentes:

  • Tamoxifeno: No caso de mulheres que ainda menstruam, o tamoxifeno costuma ser o primeiro medicamento de bloqueio hormonal usado.

  • Inibidores da aromatase: No caso de mulheres na pós-menopausa com câncer de mama positivo para receptores de estrogênio, inibidores de aromatase (como anastrozol, letrozol, exemestano) podem ser mais eficazes como um primeiro tratamento do que o tamoxifeno.

  • Progestinas: Estes medicamentos, como a medroxiprogesterona ou megestrol, podem ser usados depois dos inibidores de aromatase e tamoxifeno quando esses medicamentos não forem mais eficazes.

  • Fulvestranto: Este medicamento pode ser usado quando o tamoxifeno não for mais eficaz. Ele destrói o estrogênio receptores nas células cancerígenas.

Como alternativa, no caso de mulheres que ainda menstruam, a cirurgia para remover os ovários, radiação para destruí-los ou medicamentos para inibir sua atividade (como buserelina, gosserrelina ou leuprolida) podem ser usados para interromper a produção de estrogênio. Essas terapias podem ser utilizadas juntamente com o tamoxifeno.

O trastuzumabe (um tipo de anticorpo monoclonal chamado de medicamento anti-HER2) pode ser usado para tratar cânceres com muitos receptores HER2 e que se disseminaram por todo o corpo. Trastuzumabe pode ser usado sozinho ou com medicamentos quimioterápicos (por exemplo, paclitaxel), com medicamentos de bloqueio hormonal ou com pertuzumabe (outro medicamento anti-HER2). A combinação de trastuzumabe mais quimioterapia mais pertuzumabe retarda o crescimento dos cânceres de mama que têm muitos receptores HER2 e aumenta a sobrevida mais do que só o trastuzumabe com quimioterapia. O trastuzumabe também pode ser usado com medicamentos de bloqueio hormonal para tratar mulheres com câncer de mama positivo para receptores do estrogênio.

Inibidores da tirosinoquinase (como lapatinibe e neratinibe), outro tipo de medicamento anti-HER, bloqueiam a atividade de HER2. Esses medicamentos estão sendo cada vez mais usados em mulheres com cânceres que têm muitos receptores HER2.

Em algumas situações, é possível utilizar radioterapia em vez de ou antes de medicamentos. Por exemplo, se apenas uma região do câncer for detectada e essa região estiver em um osso, a radiação para esse osso pode ser o único tratamento utilizado. A radioterapia geralmente é o tratamento mais eficaz para o câncer que se disseminou para os ossos, algumas vezes mantendo-o sob controle por anos. Geralmente também é o tratamento mais eficaz para o câncer que se disseminou para o cérebro.

Cirurgia pode ser realizada para remover tumores individuais em outras partes do corpo (como o cérebro), porque esse tipo de cirurgia pode aliviar os sintomas. Mastectomia (remoção da mama) pode ser feita para ajudar a aliviar os sintomas. Não está claro se a remoção da mama ajuda a prolongar a vida quando o câncer já se disseminou para outras partes do corpo e já foi tratado e controlado.

Bifosfonatos Medicamentos Medicamentos (usados para tratar a osteoporose), como o pamidronato ou o zoledronato, reduzem a dor óssea e a perda de massa óssea e podem prevenir ou retardar problemas ósseos que possam resultar quando o câncer se dissemina para o osso.

Tabela

O tratamento de tipos específicos de câncer de mama

Para câncer de mama inflamatório, o tratamento geralmente consiste em quimioterapia e radioterapia. Mastectomia normalmente é realizada.

Para doença de Paget do mamilo, o tratamento geralmente é semelhante ao de outros tipos de câncer de mama. Muitas vezes envolve mastectomia simples ou cirurgia de conservação da mama, além da remoção dos linfonodos. A cirurgia de conservação da mama é geralmente seguida por radioterapia. Menos comumente, apenas o mamilo com algum tecido normal ao redor é removido. Se outro tipo de câncer de mama também estiver presente, o tratamento se baseia naquele tipo de câncer de mama.

O tratamento de tumores filoides geralmente consiste na remoção do tumor e de uma grande quantidade do tecido normal circundante (pelo menos um centímetro ao redor do tumor), a denominada margem de segurança ampla. Se o tumor for grande em relação à mama, uma mastectomia simples pode ser realizada para remover o tumor com margens de segurança amplas. A recorrência de tumores filoides depende de qual a largura sem tumor das margens e se o tumor filoides é canceroso ou não canceroso. Os tumores filoides cancerosos podem enviar metástases para locais distantes, tais como os pulmões, ossos ou cérebro. As recomendações de tratamento para tumores filoides metastáticos estão evoluindo, mas a radioterapia e a quimioterapia podem ser úteis.

Preservação da fertilidade

A mulher não deve engravidar enquanto estiver sendo tratada para câncer de mama.

Se a mulher quiser ter filhos (preservar a fertilidade) depois do tratamento, ela é encaminhada para um endocrinologista reprodutivo antes de iniciar o tratamento. Ela pode, então, obter informações sobre o efeito de diversos medicamentos quimioterápicos na fertilidade e sobre os procedimentos que permitem que ela tenha filhos depois do tratamento.

A escolha do procedimento a ser usado para preservar a fertilidade depende do seguinte:

  • Tipo de câncer de mama

  • Tipo de tratamento planejado para o câncer de mama

  • As preferências da mulher

Técnicas de reprodução assistida envolvem o uso de medicamentos hormonais. Os médicos discutem os riscos e benefícios de realizar esses tratamentos com mulheres com câncer positivo para receptor de estrogênio ou progesterona.

Cuidados de acompanhamento

Após a conclusão das primeiras fases do tratamento, geralmente são realizados exames físicos de acompanhamento, incluindo exame das mamas, tórax, pescoço e axilas, todos os anos. Mamografias regulares e autoexame da mama também são importantes. A mulher deve informar imediatamente determinados sintomas ao médico:

  • Quaisquer nódulos ou outras alterações nas mamas

  • Alterações nos mamilos ou secreção

  • Dor; por exemplo, no braço ou na coluna vertebral

  • Inchaço na axila

  • Perda de apetite ou peso

  • Dor torácica

  • Tosse seca crônica

  • Sangramento da vagina (se não estiver associado às menstruações)

  • Dores de cabeça intensas

  • Visão embaçada

  • Tontura ou problemas de equilíbrio

  • Dormência ou fraqueza

  • Quaisquer sintomas que pareçam incomuns ou que persistam

Procedimentos de diagnóstico, como radiografias do tórax, exames de sangue, cintilografia óssea e tomografia computadorizada (TC), não são necessários, a menos que os sintomas sugiram que o câncer é recorrente.

Os efeitos do tratamento do câncer de mama causam muitas alterações na vida da mulher. O apoio de familiares e amigos pode ajudar, assim como grupos de apoio. Aconselhamento pode ser útil.

Assuntos relacionados ao final da vida

No caso de mulheres com câncer de mama metastático, a qualidade de vida pode se deteriorar e as chances de que o tratamento adicional venha a prolongar a vida podem ser pequenas. Manter a calma pode finalmente ser mais importante do que tentar prolongar a vida.

A dor Dor Muitas doenças fatais produzem sintomas semelhantes, como dor, falta de ar, problemas digestivos, incontinência, lesões da pele e fadiga. Também podem manifestar-se depressão e ansiedade, confusão... leia mais do câncer pode ser controlada adequadamente com medicamentos apropriados. Então, se sentirem dor, as pacientes devem solicitar ao médico tratamento para aliviá-la. Os tratamentos também podem aliviar outros sintomas incômodos, como constipação, dificuldade respiratória e náuseas.

Aconselhamento psicológico e espiritual também pode ajudar.

A mulher com câncer de mama metastático deve preparar instruções prévias Instruções prévias As instruções prévias sobre saúde são documentos legais que comunicam os desejos da pessoa sobre as decisões de saúde, no caso de a pessoa se tornar incapaz de tomar decisões sobre sua saúde... leia mais indicando o tipo de cuidado que deseja, caso já não seja mais capaz de tomar tais decisões. Além disso, é importante fazer ou atualizar um testamento.

OBS.: Esta é a versão para o consumidor. MÉDICOS: VISUALIZAR A VERSÃO PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE
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