Dor pélvica é o desconforto que ocorre na parte inferior do abdômen. A dor que ocorre externamente na região genital (vulva ou lábios) é denominada dor vulvar. Muitas mulheres sofrem de dor pélvica. A dor é considerada crônica caso persista por mais de três a seis meses.
A dor pélvica pode ser um sintoma ginecológico. Ou seja, ela pode ser provocada por um problema que afeta o sistema reprodutor feminino, ou pode ser causada por problemas no sistema urinário, digestivo ou musculoesquelético.
A dor pode começar de forma súbita ou gradativa. Às vezes, a dor piora gradativamente ou pode ocorrer de maneira intermitente. Ela pode ser constante ou ficar indo e voltando. Ela pode ser aguda ou surda ou do tipo cólica (como a cólica menstrual) ou algum tipo de combinação.
A região pélvica pode ficar sensível ao toque. Dependendo da causa, a mulher pode ter sangramento Sangramento vaginal O sangramento vaginal anômalo caracteriza-se por qualquer sangramento vaginal que ocorra Antes da puberdade Entre as menstruações Durante a gravidez Após a menopausa (12 meses ou mais após a... leia mais ou secreção Secreção vaginal Secreção vaginal pode ocorrer normalmente ou ser decorrente de inflamação da vagina (vaginite), frequentemente em virtude de uma infecção. A região genital (vulva), a região ao redor da abertura... leia mais vaginal. A dor também pode vir acompanhada de febre, náusea, vômito e/ou tontura.
Causas da dor pélvica
A dor pélvica costuma estar relacionada ao ciclo menstrual Ciclo menstrual A menstruação é a descamação da mucosa do útero (endométrio) acompanhada por sangramento. Ela ocorre, aproximadamente, em ciclos mensais ao longo da vida reprodutiva da mulher, exceto durante... leia mais ou a problemas ginecológicos comuns. Entretanto, vários distúrbios que causam dor pélvica podem dar origem à peritonite Peritonite A dor abdominal é comum e, geralmente, pouco importante. Dores abdominais graves que surgem rapidamente, porém, quase sempre indicam um problema significativo. A dor pode ser o único sinal da... leia mais (inflamação e, normalmente, infecção da cavidade abdominal), que é um distúrbio grave.
Os distúrbios que podem causar dor pélvica incluem
Distúrbios ginecológicos – aqueles que afetam os órgãos reprodutores (vagina, colo do útero, útero, trompas de Falópio e ovários)
Distúrbios que afetam outros órgãos pélvicos, tais como a bexiga, a parte inferior dos ureteres, a uretra, o reto, o apêndice ou o assoalho pélvico (os músculos, ligamentos e tecidos que sustentam os órgãos pélvicos)
Distúrbios que afetam as estruturas que estão próximas à pelve, mas fora dela, tais como a parede abdominal, o intestino, os rins, ou a parte superior dos ureteres
Muitas vezes, é difícil para o médico conseguir identificar a causa da dor pélvica.
Distúrbios ginecológicos
Os distúrbios ginecológicos podem ou não estar relacionados ao ciclo menstrual.
Em geral, as causas ginecológicas mais comuns da dor pélvica incluem
Endometriose Endometriose Na endometriose, fragmentos de tecido endometrial, que normalmente se encontra apenas no revestimento interno uterino (endométrio), crescem para fora do útero. Ainda não se sabe por que o tecido... leia mais (restos de tecido anômalo geralmente localizados apenas no revestimento do útero)
Cistos ovarianos
Miomas Miomas uterinos Um mioma é um tumor benigno do útero que é formado por tecido muscular e fibroso. Miomas uterinos são muito comuns, ocorrendo em aproximadamente 70% das mulheres brancas e 80% das mulheres negras... leia mais uterinos são tumores benignos formados por tecido muscular e fibroso. Eles podem causar dor pélvica caso estejam pressionando outros órgãos, estejam passando por processo de degeneração ou causem sangramento excessivo ou cólica. A maioria dos miomas uterinos não causa dor.
Muitos outros distúrbios ginecológicos podem causar dor pélvica (consulte a tabela Algumas causas ginecológicas de dor pélvica Algumas causas de dor pélvica em mulheres* ).
Outras doenças
Outras causas de dor pélvica incluem
Distúrbios do trato digestivo: Gastroenterite Considerações gerais sobre a gastroenterite A gastroenterite é uma inflamação do revestimento gástrico e dos intestinos grosso e delgado. É normalmente causada pela infecção por um micro-organismo, mas também pode ser causada pela ingestão... leia mais , constipação Constipação intestinal em adultos A constipação intestinal se caracteriza por defecações difíceis ou infrequentes, fezes duras ou um sentimento de que o reto não está totalmente vazio após a defecação (evacuação incompleta)... leia mais , diverticulite Diverticulite A diverticulite é a inflamação de uma ou mais bolsas com formato de balão (divertículos). Ela pode ou não ser acompanhada de infecção. A diverticulite normalmente afeta o intestino grosso (cólon)... leia mais , síndrome do intestino irritável Síndrome do intestino irritável (SII) A síndrome do intestino irritável é um distúrbio do trato digestivo que provoca dor abdominal e constipação intestinal ou diarreia recorrentes. Os sintomas variam, mas, geralmente incluem dor... leia mais , doença inflamatória intestinal Considerações gerais sobre a doença intestinal inflamatória (DII) Na doença intestinal inflamatória, o intestino fica inflamado, geralmente causando dor abdominal e diarreia recorrentes. Os dois principais tipos de doença intestinal inflamatória (DII) são... leia mais , acúmulo de pus (abscessos) e tumores (cancerosos ou não), tais como câncer de cólon Câncer colorretal O histórico familiar e alguns fatores alimentares (dieta pobre em fibras e com alto teor de gordura) aumentam o risco de a pessoa desenvolver câncer colorretal. Os sintomas característicos incluem... leia mais
Distúrbios urinários: Infecções do trato urinário Infecção da bexiga A cistite é uma infecção da bexiga. Normalmente, as bactérias são a causa da cistite. Os sintomas mais comuns são uma necessidade frequente de urinar e dor ou queimação enquanto urina. Os médicos... leia mais , cálculos renais Cálculos no trato urinário Os cálculos (pedras) são massas duras que se formam no trato urinário e podem provocar dor, hemorragia ou infecção ou bloqueio do fluxo da urina. Cálculos minúsculos podem não causar sintomas... leia mais que passaram para o trato urinário inferior e inflamação da bexiga sem infecção (por exemplo, cistite intersticial Cistite intersticial A cistite intersticial é uma inflamação não infecciosa da bexiga. A cistite intersticial causa dor acima da bexiga, na pélvis ou no baixo-ventre e a necessidade urgente e frequente de urinar... leia mais )
Distúrbios musculoesqueléticos: Fibromialgia Fibromialgia A fibromialgia é caracterizada por sono inadequado, fadiga, névoa mental, dor e rigidez generalizada nos tecidos moles, incluindo músculos, tendões e ligamentos. Sono inadequado, estresse, distensões... leia mais ou dor miofascial crônica (dor causada por tensão e sensibilidade em regiões do músculo denominadas pontos-gatilho)
Fatores psicológicos, principalmente estresse e depressão Depressão Uma breve discussão sobre o transtorno do luto persistente. A depressão é um sentimento de tristeza e/ou diminuição do interesse ou prazer em realizar atividades que se torna um transtorno quando... leia mais , podem contribuir para todo o tipo de dor, inclusive dor pélvica, mas raramente são a única causa da dor pélvica. Mulheres ou meninas que tiveram trauma sexual podem desenvolver dor pélvica crônica.
Avaliação da dor pélvica
Geralmente, a dor pélvica não é uma emergência, mas quando uma mulher tem uma dor nova, súbita e muito intensa na parte inferior do abdômen ou na pelve, ela deve procurar assistência médica assim que possível. Às vezes, é necessário realizar cirurgia de emergência. Distúrbios que geralmente exigem cirurgia de emergência incluem
Ruptura de gravidez ectópica Gravidez ectópica A gravidez ectópica é a ligação (implantação) de um óvulo fertilizado em um local anômalo, como, por exemplo, nas trompas de Falópio. O feto não consegue sobreviver na gravidez ectópica. Quando... leia mais (uma gravidez de localização anômala, fora de sua localização normal no útero)
Ruptura de um abscesso na pelve
Laceração no intestino
O médico faz um exame de gravidez em todas as mulheres e meninas em idade fértil.
Sinais de alerta
Certos sintomas são preocupantes em mulheres com dor pélvica:
Tontura ou perda de consciência súbita (desmaio ou síncope) independentemente de quão breve tenha sido
Dor súbita e intensa, principalmente quando acompanhada por náusea, vômito, suor excessivo ou agitação
Febre ou calafrios
Sangramento vaginal após a menopausa
Quando consultar um médico
A mulher com a maioria dos sinais de alerta deve consultar um médico imediatamente.
Recomenda-se que mulher seja vista pelo médico no mesmo dia ou dentro de alguns dias se ela tiver
Sangramento vaginal após a menopausa
Dor que é constante ou que está piorando consistentemente
Caso a mulher sinta dor nova que não é constante nem piora, ou se ela apresentar dor recorrente ou crônica, ela deve marcar uma consulta para quando possível; contudo, esperar vários dias não costuma ser prejudicial.
Ter cólicas menstruais leves é algo normal. As cólicas menstruais não precisam de avaliação a menos que elas estejam causando muita dor.
O que o médico faz
O médico faz uma avaliação rápida para ver se tratamento de emergência é necessário. O médico faz perguntas à mulher sobre seus sintomas e histórico clínico. Em seguida, o médico faz um exame físico. O que ele identifica durante a anamnese e o exame físico geralmente sugere uma causa e os exames que talvez sejam necessários (consulte a tabela Algumas causas ginecológicas de dor pélvica Algumas causas de dor pélvica em mulheres* ).
O médico faz perguntas sobre a dor:
Se ela começa de maneira súbita ou gradativa
Se ela é aguda ou surda
Quão intenso é
Quando ocorre em relação a: ciclo menstrual, alimentação, sono, relações sexuais, atividade física, micção e evacuação
Se outros fatores pioram ou aliviam a dor
Questiona-se a mulher sobre outros sintomas, tais como sangramento vaginal, secreção e tonturas.
Pede-se para que ela descreva as menstruações e a gestações anteriores. O médico também pergunta se ela já sofreu de algum distúrbio que possa causar dor pélvica e se já passou por alguma cirurgia abdominal ou pélvica.
O médico pode perguntar sobre estresse, depressão e outros fatores psicológicos para determinar se podem estar contribuindo para a dor, principalmente se esta é crônica.
Determinados grupos de sintomas que acompanham a dor pélvica sugerem um tipo de quadro clínico. Por exemplo,
Febre e calafrios sugerem uma infecção.
A presença de secreção vaginal sugere a presença de uma infecção, tal como a doença inflamatória pélvica Doença inflamatória pélvica (DIP) A doença inflamatória pélvica é uma infecção dos órgãos reprodutores femininos superiores (colo do útero, útero, trompas de Falópio e ovários). A doença inflamatória pélvica costuma ser causada... leia mais .
Dor abdominal, alteração nos hábitos intestinais ou sangramento retal sugerem um distúrbio do trato digestivo.
A ocorrência de sangramento vaginal durante a gravidez sugere a presença de gravidez ectópica Gravidez ectópica A gravidez ectópica é a ligação (implantação) de um óvulo fertilizado em um local anômalo, como, por exemplo, nas trompas de Falópio. O feto não consegue sobreviver na gravidez ectópica. Quando... leia mais ou um possível aborto espontâneo Aborto espontâneo Um aborto espontâneo é a perda de um feto antes da 20ª semana de gravidez. Abortos espontâneos podem ocorrer devido a um problema no feto (por exemplo, uma doença genética ou um defeito congênito)... leia mais .
O exame físico tem início com a medição dos sinais vitais (por exemplo, temperatura, pressão arterial e pulso) pelo médico. Em seguida, o médico dá atenção ao abdômen e à pelve. O médico apalpa levemente o abdômen e realiza um exame pélvico Exame ginecológico Para cuidados ginecológicos, a mulher deve escolher um médico com quem possa discutir confortavelmente temas delicados, como sexo, métodos anticoncepcionais, gravidez e problemas relacionados... leia mais . Durante um exame, o abdômen ou outras áreas podem estar sensíveis ao toque. Essa avaliação ajuda o médico a determinar quais os órgãos afetados e se há alguma infecção. Geralmente, o médico também examina o reto em busca de anomalias.
Exames
Os seguintes exames são feitos rotineiramente:
Exames de urina
Exame de gravidez no caso de mulheres em idade fértil
A urinálise Urinálise e cultura de urina Uma urinálise, ou exame de urina, pode ser necessária na avaliação de distúrbios nos rins e trato urinário e também pode ajudar a avaliar distúrbios sistêmicos, como diabetes ou problemas no... leia mais é um exame de urina simples e rápido que é considerado o primeiro passo na tentativa de detectar muitas causas comuns de distúrbios pélvicos, tais como infecção de bexiga ou a maioria dos casos de cálculos renais. Uma urocultura Infecção da bexiga A cistite é uma infecção da bexiga. Normalmente, as bactérias são a causa da cistite. Os sintomas mais comuns são uma necessidade frequente de urinar e dor ou queimação enquanto urina. Os médicos... leia mais será realizada se houver suspeita de infecção.
Um exame de gravidez é realizado se a mulher estiver em idade fértil. Um exame de gravidez na urina costuma ser feito primeiro. Caso haja a possibilidade de gravidez muito recente e o exame de urina seja negativo, realiza-se exame de sangue para confirmar a gravidez. O exame de sangue é mais exato do que o exame de urina quando a gravidez tem menos de cinco semanas.
Se uma mulher estiver grávida e tiver dor ou sangramento vaginal, uma ultrassonografia é realizada para descartar a possibilidade de gravidez ectópica Gravidez ectópica A gravidez ectópica é a ligação (implantação) de um óvulo fertilizado em um local anômalo, como, por exemplo, nas trompas de Falópio. O feto não consegue sobreviver na gravidez ectópica. Quando... leia mais . No caso da ultrassonografia, o médico utiliza um aparelho de ultrassom portátil que é colocado no abdômen ou inserido na vagina. A ultrassonografia da pelve é realizada por muitos motivos. Ela será realizada toda vez que o médico suspeitar que algum distúrbio ginecológico seja a causa dos sintomas ou se sintomas tiveram início de maneira repentina ou sejam recorrentes ou graves.
Caso o resultado da ultrassonografia seja indeterminado, outros exames, como uma série de exames de sangue ou uma laparoscopia, serão realizados para descartar uma gravidez ectópica. No caso de exames de sangue, o médico mede a concentração de um hormônio produzido pela placenta, a gonadotrofina coriônica humana (hCG). Se a concentração de hCG for baixa, talvez a gravidez seja muito recente conseguir ser detectada pela ultrassonografia. Se a concentração for elevada e a ultrassonografia não detectar gravidez, é possível que ela seja ectópica. Na laparoscopia, o médico faz uma pequena incisão logo abaixo do umbigo e insere um tubo de visualização (laparoscópio) para tentar encontrar diretamente uma gravidez ectópica ou outras causas de dor pélvica.
A realização de exames depende de quais distúrbios se suspeita. Os exames podem incluir
Exames de urina ou de amostras da vagina ou do colo do útero para verificar quanto à presença de infecções que podem causar dor pélvica
Ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) do abdômen e da pelve para verificar quanto à presença de nódulos Introdução a anomalias ginecológicas de natureza variada Nódulos ginecológicos não cancerosos (benignos) incluem cistos, pólipos e miomas ( leiomiomas). Nódulos não cancerosos podem surgir na vulva, na vagina, no útero ou nos ovários. A vulva consiste... leia mais e tumores
Às vezes, laparoscopia ou laparotomia caso outros exames não tenham identificado a causa da dor grave ou persistente e houver suspeita de uma causa grave (por exemplo, ruptura de gravidez ectópica)
Tratamento da dor pélvica
Se a causa da dor pélvica for identificada, ela será tratada, se possível. A dor relacionada ao ciclo menstrual (por exemplo, cólica ou endometriose) pode ser tratada com contraceptivos hormonais Métodos hormonais de contracepção Os hormônios contraceptivos podem ser Tomados por via oral (contraceptivos orais) Inseridos na vagina (anéis vaginais) Aplicados na pele (adesivo) Implantados sob a pele leia mais .
É possível que também seja necessário tomar analgésicos. Inicialmente, trata-se a dor com medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como ibuprofeno. A mulher que não apresentar boa resposta a um AINE talvez responda bem a outro. Outros analgésicos ou hipnose podem ser tentados caso os AINEs sejam ineficazes.
Caso a dor evolua, fisioterapia, termoterapia, terapia muscular ou repouso talvez ajudem.
Em casos raros, talvez seja necessário fazer uma cirurgia, como, por exemplo, laparoscopia, para tratar endometriose ou um cisto ovariano ou uma histerectomia (cirurgia para remover o útero) quando a mulher tiver dor intensa que persiste apesar do tratamento.
Aspectos essenciais para mulheres mais velhas: Dor pélvica
As causas comuns de dor pélvica podem ser diferentes em mulheres mais velhas, pois alguns distúrbios que causam dor ou desconforto pélvico ocorrem com mais frequência à medida que a mulher envelhece, principalmente após a menopausa. Obviamente, não existe mais a possibilidade de distúrbios relacionados à menstruação.
Doenças que ocorrem com frequência em mulheres mais velhas incluem
Cânceres do sistema reprodutor Considerações gerais sobre câncer do sistema reprodutor feminino O câncer pode ocorrer em qualquer parte do sistema reprodutor feminino: vulva, vagina, colo do útero, útero, trompas de Falópio ou ovários. Esses tipos de câncer são chamados de câncer ginecológico... leia mais , inclusive câncer do revestimento do útero (câncer de endométrio), de ovário e da vulva (lábios)
A concentração de estrogênio diminui após a menopausa, enfraquecendo muitos tecidos, incluindo tecidos ósseos, musculares (como os que dão sustentação à bexiga) e tecidos ao redor da vagina e da uretra. Consequentemente, fraturas pélvicas e infecções de bexiga ocorrem com mais frequência.
Além disso, esse enfraquecimento pode contribuir para o prolapso de órgãos pélvicos, que pode causar sintomas conforme a mulher envelhece. Nesses distúrbios, os tecidos enfraquecidos ou lesionados não são mais capazes de manter no lugar o útero, a vagina ou outros órgãos na pelve. Assim, um ou mais desses órgãos podem cair (prolapso) e a mulher talvez sinta pressão na vagina ou tenha incontinência urinária ou dificuldade para evacuar.
O conjunto de sintomas que afetam a vagina e o trato urinário após a menopausa é denominado síndrome genito-urinária da menopausa (antigamente denominados atrofia vaginal ou vaginite atrófica). Esses sintomas incluem secura vaginal, dor durante a relação sexual, urgência miccional e infecções do trato urinário. Esse quadro clínico pode causar dor durante a relação sexual e é possível que a mulher descreva ou tenha esse tipo de dor na forma de dor pélvica.
Avaliação
A avaliação é parecida com aquela realizada em mulheres mais jovens, com exceção de que o médico presta atenção especial aos sintomas de distúrbios do trato digestivo e urinário que são comuns em mulheres mais velhas. A mulher mais velha deve consultar um médico imediatamente em caso de
Perda repentina de peso ou apetite
Ocorrência repentina de indigestão
Sensação de inchaço
Ocorrência de alteração súbita na evacuação
Então, o médico realiza exames para assegurar-se que a causa não seja câncer de endométrio nem de ovário.
Caso o revestimento vaginal de uma mulher com dor pélvica esteja adelgaçado, o médico faz perguntas para determinar se ela é sexualmente ativa. Em caso positivo, é possível que o médico recomende suspender a prática de relações sexuais até que os sintomas desapareçam ou receite um creme à base de estrogênio Apresentações da terapia hormonal .
Pontos-chave
Muitas mulheres sofrem de dor pélvica.
Muitos distúrbios, relacionados aos órgãos reprodutores ou outros órgãos próximos, podem causar dor pélvica.
O médico pode determinar as causas com base na descrição da dor, sua relação com o ciclo menstrual e nos resultados de exame físico.
Se a mulher estiver em idade fértil, um exame de gravidez é sempre realizado.
Exames de urina são realizados e, geralmente, outros exames, como exames de sangue e ultrassonografia da pelve, para confirmar a suspeita do diagnóstico.